Pular para o conteúdo principal

Vender no século 21: o impacto da Internet das Coisas e da IA

Vender no século 21: o impacto da Internet das Coisas e da IA

Robôs superinteligentes, sistemas de alta complexidade, automação de processos… essas imagens vêm à mente quando falamos de conceitos como Inteligência Artificial (A.I, de Artificial Intelligence) e Internet das Coisas (IoT, de Internet of Things), que permeiam a discussão sobre tecnologia atualmente. Não seria precoce dizer que as inovações trazidas pelas ferramentas que utilizam essas tecnologias estão revolucionando nossa sociedade de uma forma geral. E, assim como acontece com diversos outros, essas novidades chegaram ao setor de vendas com um oceano de possibilidades.

Baixe grátis: Guia completo sobre investimentos

A.I: você e o robo

O termo A.I foi criado na década de 1950 pelo matemático e cientista da computação John McCarthy, e define, grosso modo, a capacidade de máquinas executarem tarefas de maneira “inteligente”. Essa condição é atingida através de modelos matemáticos compostos por algoritmos que permitem que os softwares “aprendam” com os cálculos anteriores (o chamado “machine learning”). Em outros termos, as máquinas, expostas a diversas situações, acumulam informações que as tornam cada vez mais competentes.

No terreno das vendas, essa tecnologia representa a oportunidade de criar uma estratégia muito mais eficiente. Isso porque, reunindo um grande conjunto dos mais variados dados, os softwares analisam e apontam à equipe de vendas quais são os clientes mais promissores e quais produtos são mais indicados para eles. Ao contrário do que muitos pensam, a automação não pretende substituir os vendedores de carne e osso, e sim direcionar seus esforços para tornar seu trabalho muito mais dinâmico e preciso.

Chamadas de análises preditivas, essas técnicas, aplicadas ao forecast de vendas, elevam o poder de tomada de decisão e jogam para baixo o Custo de Aquisição de Clientes (CAC), alguns dos objetivos mais perseguidos por todas as equipes de vendas. Há até soluções que permitem identificar os clientes mais próximos via GPS.

O resultado da aplicação dessas ferramentas é uma conversão muito maior de novos negócios. Estamos falando de um impacto realmente grande: uma pesquisa de Harvard revelou que companhias que usam A.I em vendas registraram aumento de 50% nos leads, redução de gastos entre 40% e 60% e economia de tempo de mais de 60%.

Ferramenta recomendada: Super planilha para seu controle financeiro

IoT: tudo e todos interconectados

Criado em 1999 pelo pesquisador britânico Kevin Ashton, o termo Internet das Coisas significa exatamente o que ele diz: as coisas e pessoas estão cada dia mais interconectadas entre si e em rede. Vivemos em um ambiente de profunda interatividade, onde o mundo “real” e o digital estão em um processo de constante entrelaçamento.

Essa tendência se manifesta no mundo físico através de objetos que estão conectados à rede e carregam tecnologia embarcada. Através de mecanismos inteligentes, “coisas” que sempre estiverem presentes em nosso dia a dia, como carros, prédios e geladeiras, hoje estão presentes na internet. Segundo relatório da Cisco, líder mundial em TI e redes, a previsão é que, até 2020, 50 bilhões de dispositivos estarão conectados (em 2010, eram “apenas” 10 bi). A empresa estima que até lá a indústria da Internet das Coisas valerá US$ 309 bilhões.

É evidente que os frutos dessas inovações vêm revolucionando o modo como fazemos negócios, logo, já foi incorporada ao universo das vendas. Por transformar a forma como coletamos e transferimos dados, aumentando a velocidade e quantidade de informações disponíveis, a IoT será uma grande aliada das empresas no esforço de aprofundar o relacionamento com os clientes, com ganhos animadores em suporte e retenção.

A Cisco prevê que a IoT trará às empresas um aumento em 21% nos lucros, graças à redução de custos, ganho em produtividade, aperfeiçoamento na experiência do cliente e menor tempo de compra. Porém, para desfrutar dessas vantagens, as empresas terão de pensar à frente e aceitar os desafios que se apresentam nesse momento. Na verdade, o que se exige é que as organizações repensem todo seu processo de vendas para acompanhar as necessidades do mercado, dos vendedores e dos clientes.

eBook gratuito recomendado: Riqueza pessoal é possível

O impacto do IoT no mundo das vendas será notado também no e-commerce. Com a ascensão de modelos integrados, boas oportunidades para cross-selling (ou vendas cruzadas) e upsell passam a ser mais frequentes. E, à medida que novos dispositivos se tornam compatíveis com a IoT, haverá uma crescente na compreensão do comportamento do consumidor. Por outro lado, essa integração também demanda um olhar mais atencioso e ágil para o suporte ao cliente, por exemplo.

Independentemente das tecnologias que possam surgir num futuro breve ou o que já temos à disposição, o que se espera de um departamento de vendas do século 21, acima de tudo, é a capacidade de aceitar e se adequar rapidamente aos novos modelos e movimentos do mercado. Sua empresa está preparada para o desafio?

------

Este artigo foi escrito por Marcos Hashimoto.

Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama


Fonte: Dinheirama

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

4 dicas para startups que desejam captar o primeiro investimento

Startupi 4 dicas para startups que desejam captar o primeiro investimento Nos últimos anos, o Brasil vem apresentando um grande potencial para startups que desejam captar o primeiro investimento para expandir seus negócios. Para ilustrar, em 2023, segundo dados do Distrito, no Brasil, o setor angariou US$1,9 bilhão, já na América Latina os valores chegaram a US$3 bilhões – captações mais baixas do que anos anteriores, mas que representaram grandes montantes. Agora, com uma expectativa favorável de mercado, as previsões são de aumento cauteloso dos investimentos. Porém, com as novas oportunidades, também é importante que os fundadores apresentem projetos assertivos e com bom um modelo de negócio. Para Erica Fridman, investidora e cofundadora da Sororitê, maior rede de investidoras-anjo do Brasil, “para empresas early-stage em busca de capital, a capacidade dos fundadores de explicar o negócio de maneira clara e demonstrar seu potencial de escalabilidade é fundamental para garantir

É hora das startups se prepararem para receber investimentos!

Startupi É hora das startups se prepararem para receber investimentos! * Por Jéssica Lima Os especialistas são unânimes: temos indícios de que 2024 será um ano melhor para as startups se comparado aos anteriores. O ano de 2022 nos surpreendeu com a crescente onda de layoffs e uma queda considerável no número de startups chegando ao status de unicórnios. Isso porque, enquanto os anos anteriores haviam trazido uma abundância de investimentos para startups, o momento já não era tão positivo e os investidores começaram a ser mais cautelosos na avaliação dos investimentos.  O cenário se manteve durante 2023, mas agora já é possível ver sinais de melhoras. As perspectivas são positivas, mas isso não significa que os investidores estarão dispostos a apostar suas carteiras. As startups precisam estar preparadas e atentas se pretendem buscar um incentivo financeiro em 2024. O primeiro ponto que vale para startups em qualquer fase de desenvolvimento é ter um pitch bem estruturado. É hora d

Estratégias e técnicas de captação para times fundadores de startups

Startupi Estratégias e técnicas de captação para times fundadores de startups A jornada de construir e escalar uma startup é uma verdadeira montanha-russa de emoções, conquistas, e muitos desafios fazem parte dessa jornada. Um dos maiores obstáculos é ter capital para financiar o crescimento do seu negócio. Segundo dados da CB Insights, 29% das startups fecham por falta de recursos financeiros. Existem diferentes maneiras para o time fundador financiar a sua startup. Enquanto alguns utilizam recursos próprios, o chamado bootstrapping, outros recorrem para investidores externos, como, por exemplo, família, amigos, investidores-anjo, fundos de venture capital,fundos de private equity, prêmios eaté o governo. Independentemente do caminho escolhido, é fundamental entender não apenas  estratégias e técnicas de negociação, como também qual o racional que baseia as decisões dos investidores. Isso se torna ainda mais importante quando você está no início da sua jornada de captação, pois a