Tem muita palavra que nós usamos sem nem mesmo sabermos o significado. Quando alguém pergunta o que é uma tese, por exemplo, as outras pessoas até têm ideia do que se trata, mas pode haver confusão. Isso acontece, inclusive, porque o termo é usado de diferentes maneiras, dependendo da titulação acadêmica.
O que é uma tese numa redação escolar?
A palavra “tese” vem do grego (thesis) e quer dizer “proposição intelectual”. Para um aluno de Ensino Médio, pode remeter à parte mais importante do texto dissertativo-argumentativo. Trata-se do ponto de vista que o autor precisa sustentar na redação. Ou seja, é o seu posicionamento crítico.
Muitos vestibulares e o próprio Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) cobram esse tipo de produção. Usa-se um fenômeno da realidade como base para a construção do argumento. A ideia é explicar melhor o assunto, aprofundar um lado da problemática e, quem sabe, convencer o leitor a mudar seu pensamento em relação ao tema.
Para tanto, usam-se dados factíveis, como estatísticas, referências ao noticiário e outras informações concretas. Quanto mais bem-embasada a tese, mais difícil fica derrubá-la. Eis um sinal de que a pessoa possui alto grau de competências comunicacionais.
O que é uma tese na pós-graduação?
Tese também pode ser o resultado de uma pesquisa de doutorado. Esse é o nome dado ao relatório final, produzido após quatro anos de estudos.
O objetivo do trabalho acadêmico é solucionar um problema científico. Para tanto, o investigador consulta referências bibliográficas, coleta dados no campo e confronta as perspectivas teóricas com o material encontrado. Dessa maneira, é possível consolidar novo conhecimento sobre questões ainda pouco exploradas pelos pares.
Geralmente, esse esforço parte de uma pergunta, também conhecida como problema de pesquisa. A questão gera hipóteses – possíveis explicações, que serão confirmadas ou refutadas mais adiante.
Com essa dúvida norteadora, o cientista realiza uma revisão de literatura para saber tudo o que já foi estudado sobre o tema. A intenção é, justamente, identificar as lacunas e perceber o que ainda falta ser dito.
Recorre-se, então, a estratégias metodológicas para aproximar-se do objeto empírico. Dito de outra maneira, são os métodos de observação do mundo. Pode haver experimentos em laboratório, aplicação de questionários, entrevistas em profundidade ou interação com grupos focais. Cada campo científico costuma adotar os mecanismos mais adequados para seus objetivos.
Por fim, há o momento de análise e discussão dos dados. É aí que o autor da tese conseguirá apresentar suas inferências, ou seja, o que pôde compreender durante o processo investigativo.
Ao longo desses quatro anos, o doutorando também deve participar de eventos de socialização, como seminários, congressos e simpósios. Essas são oportunidades de compartilhar resultados parciais, tirar dúvidas com colegas de área e aprender o que está sendo produzido em outros programas de pós-graduação.
Para que o conhecimento não fique restrito aos círculos acadêmicos, os relatórios feitos no Brasil são disponibilizados on-line. Basta acessar o repositório da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
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Fonte: Via Carreira
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