Altos salários, falta de rotina, plano de carreira… São vários os motivos que podem influenciar alguém a escolher a profissão piloto de avião. No entanto, é valido saber que essa área irá exigir muita dedicação para aqueles que sonham em ter o céu como ambiente de trabalho. O percurso para esse ofício abrange diversas etapas, que vão desde testes teóricos a exames práticos, mas sempre sob o controle e vistoria da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). E se você está pensando em seguir essa carreira, uma boa forma de ficar por dentro, é lendo este artigo!
Profissão Piloto de Avião: conheça os principais pontos
Sobre a profissão
Era 1984, quando a profissão piloto de avião passou a ser regulamentada no Brasil, o grande avanço dessa normatização estabeleceu por lei a proteção desses profissionais, que até então não tinham nenhuma norma que garantisse os seus direitos. Com isso, os processos seletivos para essa carreira, também, passaram a ter um padrão.
Hoje, para estar em uma grande companhia, além dos testes teóricos e práticos exigidos, é importante que o aspirante a profissão de piloto acumule horas de voo. Isso porque, essas horas são os requisitos cobrados para comprovar a experiência desse profissional. Um avião monomotor, por exemplo, exige 40 horas de voo para que o piloto tenha a permissão de pilotá-lo. Já um voo comercial, como Boeing 737, exige no mínimo 1.000 horas de voo.
Em relação à carreira militar, para pilotagem de caças, aviões presidenciais, entre outros voos, que contemplem esse ramo, é necessário ter uma aprovação mediada por um concurso realizado pela Academia da Força Aérea.
Mas como eu faço para me tornar um piloto profissional?
Como você deve saber, dirigir uma aeronave está longe de ser uma tarefa simples, uma vez que todos os conhecimentos de um piloto acabam sendo postos à prova em uma situação de risco. Por esse motivo, a experiência para essa profissão é tão importante. Logo, saiba que são inúmeras as etapas que conferem o exercício dessa sua função. E é sobre elas que falaremos agora:
1º passo: Licença de piloto privado
Por meio de uma escola reconhecida pela ANAC, a licença de piloto privado pode ser o ponta pé inicial para você que está pensando em considerar essa profissão. Contribuindo também para formação como piloto comercial, é valido lembrar que esse tipo de licença não permite exercer atividade remunerada. Entretanto, será essencial para poder exercer essa profissão futuramente, visto que os totais de horas de voo exigidos também dependem desse curso.
Veja agora quais são as etapas que conferem esse tipo de licença:
Exame Médico
Depois de fazer matrícula, o aluno só poderá iniciar o seu curso após a realização de um exame médico de 2º classe (Certificado Médico Aeronáutico). Para realizar esse exame, é necessário que aluno solicite uma carta de apresentação da própria escola, com essa carta em mãos, o mesmo só deverá ir até algum hospital da aeronáutica ou alguma clínica particular autorizada pela ANAC.
Conteúdo programático do curso
Assim como dizemos no tópico anterior, após realizar o exame você poderá começar as suas atividades curriculares, que terão um período de 03 meses contemplado pelas seguintes matérias: Conhecimentos Técnicos, Meteorologia, Teoria de Voo, Navegação Aérea, Regulamentos de Tráfego Aéreo.
Prova da Anac
Com curso teórico terminado, haverá uma prova aplicada pela ANAC a cuja qual contará com 100 perguntas. Para obter a aprovação, é necessário acertar no mínimo 70% das questões.
Curso prático
O treinamento prático só poderá ser realizado após aprovação na prova aplicada pela ANAC. Exigindo pelo menos 35 horas de pilotagem, esse treinamento é finalizado por meio de uma avaliação de voo que deverá ser realizada por um examinador credenciado pela ANAC. Com a aprovação nessa etapa, você estará habilitado para voar apenas em aeronaves particulares.
Mas como eu faça para ser um piloto comercial?
Para tornar-se um piloto comercial os procedimentos também serão realizados por meio de curso reconhecido pela ANAC, com etapas iniciais bem parecidas com as do curso de piloto privado.
Dessa forma, o aluno precisará realizar um exame médico, para que, assim, possa iniciar o curso, que também conta com a duração de 3 meses, exigindo uma prova final realizada pela ANAC. No entanto, o grau de dificuldade dessa formação acaba sendo bem mais complexo, visto que o profissional aprovado poderá exercer uma atividade remunerada em alguma companhia aérea.
A avaliação final também será submetida por um examinador da ANAC. Além disso, é valido pontuar uma diferença em relação às atividades práticas, isso porque no curso de piloto privado, a exigência determina 35 horas de voo, já na formação de piloto comercial são necessárias 155 horas.
Após a aprovação nessa avaliação, será possível acumular horas por meio de atividades remuneradas, que consistem em funções como táxi aéreo, transporte de pequenas cargas e voos executivos. As horas acumuladas nessas atividades iniciais são fundamentais para tornar-se um piloto de companhias comerciais, dado que essas empresas exigem entre 1.000 a 1.500 horas de experiência como piloto profissional.
Existem graduações para essa profissão?
Hoje, além dos cursos de formação técnica que mencionamos, há também a possibilidade de realizar uma graduação para poder exercer a profissão de piloto profissional. Entre os pontos positivos em realizar esse tipo de curso, destacam-se os diferenciais de uma graduação, que acabam contribuindo para que os alunos tenham mais chances no mercado de trabalho.
Há dois cursos de formação destinados a essa área, o de Ciências Aeronáuticas, com duração de 4 anos, e o Tecnólogo em Pilotagem Profissional de Aeronaves, com duração de 02 anos. É importante lembrar também que por meio de uma formação superior, é possível eliminar algumas horas exigidas pelas companhias comerciais, no entanto será fundamental a realização de aulas de voos.
Quais faculdades oferecem os cursos para essa profissão?
Hoje, as instituições privadas autorizadas pelo MEC que oferecem cursos superiores, para os que almejam a profissão de piloto são as seguintes:
Ciências Aeronáuticas
- Universidade Estácio de Sá (UNESA)
- Universidade Norte do Paraná (UNOPAR)
- Universidade FUMEC (FUMEC)
Pilotagem profissional de aeronaves
- Centro Universitário Leonardo da Vinci (UNIASSELVI)
- Centro Universitário Una (UNA)
- Centro Universitário Cesumar (UNICESUMAR)
Como está o mercado de trabalho para essa área?
Segundo o site Guia do Estudante, estima-se que até 2034 sejam criados mais 39 mil aviões, a fim de atenderem a demanda de crescimento populacional, desses 39 mil, 3 mil serão para a América Latina. Por conseguinte, como o Brasil é a região líder em voos, é previsto que boa parte dos aviões sejam destinados ao nosso país.
A aviação agrícola também é um setor que deve ser considerado. Com objetivo de realizar voos fertilizantes, defensivos ou para combater incêndios, nessa área, as exigências acabam sendo menores do que as cobradas em voos comerciais.
Há também a aviação executiva, contemplando a pilotagem de jatos e helicópteros. Boa parte das vagas concentram-se nas capitais do sudeste, entre elas, São Paulo é que mais se destaca nesse segmento.
Outro ponto importante é fluência no idioma inglês, uma vez que esse é o idioma utilizado para a comunicação com os órgãos de controle de tráfegos aéreos internacionais. Sendo assim, uma exigência das grandes companhias.
Salário
Agora que você já sabe os principais pontos sobre essa profissão, um que não poderia ficar de fora é o salário. Segundo o SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas), em 2017 o salário base de um co-piloto estava em torno de R$ R$ 4.153,13; e de um comandante de R$ 4.910,78. No entanto, esse é o salário mínimo a se receber, isso porque um profissional com mais experiência, só no mercado nacional, pode receber até R$ 15 mil líquidos.
E aí, vai se arriscar na profissão piloto de avião? Este artigo contribuiu para sua tomada de decisão?
Bom, para saber mais detalhes de outras profissões, é só ficar por dentro deste portal!
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Fonte: Via Carreira
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