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5 fatos (óbvios) sobre finanças pessoais que todo mundo deveria saber:

5 fatos (óbvios) sobre finanças pessoais que todo mundo deveria saber:

Já estou vivendo (e aprendendo) profissionalmente no mundo das finanças pessoais por 11 anos, mas, desde que me conheço por gente vivo intensamente a educação financeira.

As lições de casa foram importantes e me transformaram em alguém que fez das finanças pessoais um estilo de vida. Por conta desse relacionamento franco com o dinheiro, aprendi certas questões fundamentais sobre como planejar e viver com liberdade.

A liberdade que o planejamento me proporcionou me fez enxergar 5 fatos (óbvios) sobre finanças pessoais, acredito que todos também deveriam saber. Tomo a liberdade de compartilhar o que aprendi com vocês:

  1. Poupança não é investimento (no máximo, é um artifício tipo “eu coloco lá para tirar o dinheiro da minha frente, senão eu gasto”. Alternativas: Tesouro Selic (Tesouro Direto), CDB de liquidez diária e fundos conservadores e de baixa taxa de administração;
  2. O INSS não vai ser suficiente para sustentar seu padrão de vida quando você se aposentar. Simplesmente não conte com isso. Alternativas: invista desde sempre (ou seja, agora) em produtos de longo prazo capazes de elevar seu patrimônio (Tesouro IPCA, previdência privada com zero de carregamento e baixa taxa de administração, fundos etc.) ou em ativos geradores de renda (FII, imóveis, ações que pagam dividendos etc.);
  3. Controle financeiro não é o mesmo que “Quando eu empato no final do mês, fico feliz”. Controle financeiro significa valorizar a liberdade que o dinheiro pode proporcionar, e portanto requer sacrifícios e uma sincera avaliação do padrão de vida. Controle financeiro é sinônimo de viver um estilo de vida compatível com seus objetivos de curto, médio e longo prazo (lembre-se dos itens anteriores);
  4. Todo mundo é rico nas redes sociais, mas quase ninguém está disposto a realmente falar sobre dinheiro. Não se iluda com o que seu vizinho ou amigo de infância acabou de comprar (ou disse que comprou). Viva a sua vida, o que implica focar de verdade nos três itens anteriores como parte essencial de um planejamento estratégico que envolve família, sonhos, mas também trabalho, esforço, sacrifícios e muita blindagem emocional contra as tentações do “Mundo Mágico de Moranguinho” (também conhecido como mundo virtual);
  5. Nunca confie em especialistas como eu para definir suas prioridades e/ou dizer o que você precisa fazer para “ser feliz” e “ficar rico”. Em outras palavras, o risco (e as consequências) de seguir o que analistas dizem é todo seu. E só seu. O máximo que nós, profissionais da área, podemos fazer é demonstrar com exemplos, histórias reais e ferramentas como a educação financeira faz sentido para inúmeras famílias, mas qualquer passo adiante é sua única e exclusiva responsabilidade. Nós não sabemos qual o melhor o investimento, simplesmente porque ele depende muito mais de você, seus objetivos e perfil de risco do que de nosso conhecimento técnico. Somos facilitadores, não professores. Pare de querer achar alguém para culpar quando algo der errado no seu plano de investimentos. Assuma a treta e siga adiante.

------ Este artigo foi escrito por Conrado Navarro. Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama



Fonte: Dinheirama

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