Uma pesquisa da Endeavor de 2016 mostra que a questão pode se complicar ainda mais: apenas 36% dos universitários entrevistados declararam estar satisfeitos com as iniciativas de empreendedorismo em suas instituições de ensino.
Outro dado preocupante é que mais da metade dos estudantes (52%) não tem nenhum tipo de conversa com os professores buscando ajuda para negócios próprios.
São muitas as dificuldades, mas isso não quer dizer que não existam bons exemplos de sucesso ou que a faculdade não possa ser útil. Na verdade, as universidades continuam tendo um papel relevante no empreendedorismo. Leia o artigo até o fim e saiba por quê!
Os benefícios de começar um negócio cedo
A pesquisa da Endeavor revela um certo descompasso entre as universidades e as aspirações dos alunos empreendedores. Contudo, os universitários também entendem que as instituições de ensino superior são importantes para guiá-los no início de suas atividades empresariais.
Para 56% dos alunos que participaram da pesquisa, as incubadoras universitárias, aulas e eventos extracurriculares são essenciais na preparação de um empreendedor.
Essa crença tem bases muito sólidas, afinal, negócios que nascem em incubadoras de faculdades apresentam taxa de mortalidade reduzida se comparados aos que são criados fora.
No Brasil, 49,4% das empresas desaparecem em menos de dois anos após a fundação. Já as que começam suas atividades nas incubadoras apresentam taxa de mortalidade de cerca de 20%. Os números são do Sebrae, divulgados no portal do Senado Federal.
Considerando os dados, podemos concluir que quanto antes o jovem empreendedor tiver uma ideia, melhor. Isso significa mais tempo para aproveitar a infraestrutura das universidades, além do conhecimento e da experiência que os professores disponibilizam.
Por isso, fique de olho nas 5 dicas a seguir e aproveite ao máximo o que a sua faculdade tem a oferecer!
1. Tenha iniciativa e não espere tudo da faculdade
Embora a parceria com as universidades seja decisiva para o sucesso, você precisa ter iniciativa própria. Não se esqueça de que as instituições de ensino são locais de produção de saber, portanto, é nessa condição que você deve se colocar desde sempre. Certamente muita orientação será necessária, mas o ideal é que prevaleça a sua capacidade de resolver as coisas por si só (ou com os seus sócios, se houver).
É importante destacar que bons negócios surgem quase sempre em função de problemas enfrentados por pessoas na vida real. Na faculdade, você terá acesso à teoria, mas só indo “a campo” será possível saber que tipo de demanda a sua empresa poderá satisfazer, considerando as suas aptidões.
2. Abra a sua mente para novas experiências
Você sabe como surgiu o Airbnb? Por volta de 2008, Joe Gebbia, Nathan Blecharczyk e Brian Chesky estavam em São Francisco, sem dinheiro e prestes a serem despejados. Foi então que um evento de grandes proporções fez com que eles percebessem que não havia vagas suficientes nos hotéis da cidade.
Surgiu então o pensamento de aproveitar o espaço que tinham no apartamento para fazer dinheiro. Compraram colchões infláveis e ofereceram café da manhã às pessoas, que rapidamente passaram a procurar pelas suas vagas. Encurtando a história: essa simples ideia, que poderia não passar de uma aventura, em 2016 já valia US$ 30 bilhões — 7 bilhões a mais do que a maior rede de hotéis do mundo, a Hilton.
Um dos ensinamentos que o caso da Airbnb nos deixa é que novas experiências são fundamentais para que boas propostas de negócios possam emergir. Sendo assim, fique atento, expanda o seu networking, participe de eventos e, cedo ou tarde, uma boa ideia vai pipocar.
3. Planeje o seu negócio enquanto puder
Depois de definir bem a ideia, será necessário tirá-la do papel. Essa é uma das etapas mais críticas na formação de um negócio, e, se superada, já é um indicador de que as coisas podem dar certo.
A estratégia de só começar um empreendimento depois de terminar os estudos é válida e não significa que você não vai aproveitar o tempo na universidade. Se essa for a sua decisão, tente utilizar a infraestrutura e o contato com professores para aperfeiçoar o seu plano de negócios, antecipar dificuldades e se capitalizar.
Nessa etapa, você também pode se dedicar aos aspectos formais da criação de um negócio, como a abertura de uma conta bancária empresarial, imprescindível para ter acesso a crédito.
De qualquer forma, é fundamental que a sua empresa comece no timing adequado. Caso contrário, há o risco de alguém chegar na frente com uma ideia parecida.
4. Expanda o networking com os seus colegas de curso
Ninguém melhor do que os colegas universitários para se associar ao seu projeto empresarial na universidade. Além do curso em comum, ter horários parecidos ajuda na hora de traçar objetivos e descobrir afinidades.
Dentro da faculdade, você também pode ter contato com outros alunos empresários, o que costuma ser útil para trocar experiências e até para formar laços de parceria. Quem sabe um colega de turma não passa a ser seu fornecedor?
5. Permaneça sempre focado nas aulas
Seria um grande retrocesso se a sua empresa servisse de desculpa para você não se dedicar à sua formação. Embora conciliar estudo e trabalho seja uma tarefa árdua, com planejamento e organização é possível dar conta de tudo e não deixar nada atrasar.
Para isso, é muito importante evitar a procrastinação. Quanto mais rápido você concluir as tarefas e mantiver os estudos em dia, menos trabalho terá acumulado. Sabendo usar bem as 24 horas disponíveis por dia, você verá como empreender na faculdade pode ser gratificante, e, quem sabe, uma iniciativa para toda a vida.
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Fonte: noticias.universia.com.br
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