Agora você confere as principais notícias de 30/09/2018, segunda-feira.
Pesquisa MDA/CNT indica empate técnico entre Bolsonaro e Haddad
Pela primeira vez, os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) aparecem tecnicamente empatados na corrida presidencial , conforme os resultados da pesquisa do instituto MDA encomendada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte).
O levantamento divulgado no domingo (30) mostra Bolsonaro com 28,2% das intenções de voto e Haddad com 25,2% da preferência dos entrevistados. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. Considerando essa margem, Bolsonaro pode ter entre 26% e 30,4%. Já Haddad pode ter entre 23% e 27,4%.
Ciro Gomes (PDT) surge em seguida com 9,4%, tecnicamente empatado com Geraldo Alckmin (PSDB), que marcou 7,3%. Marina Silva (Rede) registrou 2,6%.
Acompanhe os números de cada candidato:
- Jair Bolsonaro (PSL): 28,2%
- Fernando Haddad (PT): 25,2%
- Ciro Gomes (PDT): 9,4%
- Geraldo Alckmin (PSDB): 7,3%
- Marina Silva (Rede): 2,6%
- João Amoêdo (Novo): 2%
- Henrique Meirelles (MDB): 2%
- Alvaro Dias (Podemos): 1,7%
- Cabo Daciolo (Patriota): 0,7%
- Guilherme Boulos (PSOL): 0,4%
- Vera (PSTU): 0,3%
- José Maria Eymael (DC): 0,1%
- João Goulart Filho (PPL): 0,1%
- Branco/Nulo: 11,7%
- Indeciso: 8,3%
A pesquisa ouviu 2.002 pessoas nos dias 27 e 28 de setembro em 137 municípios de 25 unidades da federação.
O levantamento está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-03303/2018 e tem nível de confiança de 95%. Na última pesquisa MDA/CNT, do dia 17 de setembro, Bolsonaro aparecia em primeiro lugar, com 28,2% das intenções, seguido por Haddad, com 17,6%, e Ciro, com 10,8%.
Baixe gratuitamente: A planilha financeira gratuita que você precisa para por as finanças em dia
Vai ser igual Trump nos Estados Unidos, diz filho de Bolsonaro em ato na Paulista
Debaixo de garoa e vestindo camisas da seleção brasileira, manifestantes favoráveis ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) se concentram na avenida Paulista neste domingo (30).
O ato é uma resposta a eventos promovidos por mulheres contra Bolsonaro.
Entre os presentes estava o filho de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL). “Quem aqui quer Maduro e Evo Morales na posse do presidente?”, disse.
Ele questionou as pesquisas e pediu para todos votarem de verde e a amarelo. “Vai ser lindo. Vai ser como Trump nos Estados Unidos”, afirmou.
Eduardo também questionou pesquisas de opinião. “Quem aqui já foi entrevistado pelo Datafolha e pelo Ibope?”
Eduardo fez críticas à imprensa que, segundo ele, tenta dividir aliados de Bolsonaro, em referência a polêmicas do vice da chapa, General Mourão.
“Nós somos radicais, contra bandidos e criminosos nós somos radicais”, afirmou Eduardo.
O público gritava “ele sim”, em resposta ao #Elenão, que reuniu milhares de pessoas contra Bolsonaro no sábado. Também houve muitos gritos contra a Rede Globo.
Um dos presentes no carro de som, o ruralista Nabhan Garcia focou críticas no PT. “Se o PT voltar não teremos dinheiro nem para limpar a bunda”, disse.
Aliados de Bolsonaro também atacaram Geraldo Alckmin (PSDB). Major Olimpio, candidato ao Senado pelo SOL, afirmou que Bolsonaro está a “um Alckmin” de vencer no primeiro turno.
Dívida do País chega a 77,3% do PIB
Nem mesmo o pagamento de R$ 70 bilhões do BNDES ao Tesouro conseguiu impedir o avanço da dívida bruta brasileira em agosto. Dados divulgados ontem pelo Banco Central mostram que a dívida passou de 77,2% para 77,3% do Produto Interno Bruto (PIB) no mês passado. Em valores nominais, ela subiu R$ 37,4 bilhões no mês e atingiu R$ 5,22 trilhões.
O avanço da dívida bruta tem sido motivo de preocupação entre analistas. Esse é um dos principais fatores observados pelas agências de classificação de risco, e seu crescimento torna cada vez mais duro o caminho para o Brasil voltar a ter o grau de investimento, espécie de selo de bom pagador que torna mais barato o crédito para o País no exterior. No melhor momento da série histórica do BC, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.
O montante anunciado ontem reflete a dívida do governo geral, que reúne o governo federal, os Estados e os municípios. Em agosto, o pagamento de uma das parcelas da dívida do BNDES ao Tesouro segurou um pouco a elevação da dívida bruta, mas foi insuficiente para congelá-la.
Um dos motivos para que a escalada continuasse foi o déficit primário (o resultado entre receitas e despesas do governo, sem contar o pagamento de juros da dívida) de R$ 16,88 bilhões do setor público em agosto. Este resultado reflete, na prática, que os governos estão gastando mais do que arrecadam. E para cobrir o rombo, eles acabam fazendo dívidas.
Além disso, a alta do dólar em relação ao real fez crescer a parcela da dívida bruta que está atrelada ao câmbio. “O efeito da desvalorização cambial se dá apenas sobre os passivos, o que contribui para aumentar a dívida bruta”, explicou o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha.
Estes dois fatores – o déficit primário e o câmbio – acabaram se sobressaindo. Se não fosse o pagamento do BNDES ao Tesouro, a dívida bruta subiria ainda mais. “Enquanto a economia continuar a ter déficits primários, a dívida vai tender a crescer”, disse Rocha. “Para a dívida se estabilizar, é preciso que o setor público faça superávits primários.”
O setor público, no entanto, ainda está distante de equilibrar as receitas e as despesas. Com o déficit primário de R$ 16,88 bilhões em agosto, o rombo fiscal já chega a R$ 34,7 bilhões em 2018. A meta do governo para este ano é de um déficit de R$ 161,3 bilhões para o setor público.
O principal motivo para o déficit primário é o rombo nas contas de Previdência Social, que somou R$ 18,02 bilhões no mês passado – o pior resultado para um mês de agosto em toda a série histórica do Banco Central, iniciada em dezembro de 2001. Nos oito primeiro meses deste ano, o déficit da Previdência já atinge R$ 123,38 bilhões.
Os números do BC mostraram também que, no caso da dívida líquida do setor público, houve recuo de julho para agosto, de 52,2% para 51,2% do PIB. Neste caso, a alta do dólar em relação ao real acabou sendo favorável, já que, na dívida líquida, é considerado, além dos passivos atrelados ao câmbio, os ativos em moeda estrangeira – como as reservas internacionais.
------ Este artigo foi escrito por Redação Dinheirama. Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama
Fonte: Dinheirama
Comentários
Postar um comentário