Agora você confere as principais notícias de 30/10/2018, terça-feira.
Bolsonaro diz querer Moro como Ministro da Justiça
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que pretende convidar o juiz Sergio Moro para ocupar o cargo de Ministro da Justiça em seu governo, ou para indicá-lo ao Supremo Tribunal Federal.
“Se tivesse falado isso lá atrás, durante a campanha, soaria oportunista, mas agora, sim: pretendo, sim [convidar Moro], não só para o Supremo, mas quem sabe para o Ministério da Justiça.
Pretendo conversar previamente com ele. Com toda certeza será uma pessoa de extrema importância [em meu governo]”, afirmou Bolsonaro nesta segunda (29), em sua primeira entrevista à imprensa após a eleição, para a TV Record.
Em outra entrevista nesta segunda, esta ao SBT, Bolsonaro reiterou a vontade de contar com Moro no Ministério da Justiça ou no Supremo.
“Sempre entendi que pessoas no perfil dele [Moro] são muito bem-vindas no Supremo Tribunal Federal. Temos em aberto o Ministério da Justiça. Ele é uma pessoa excepcional, que goza de um respaldo muito grande da população e tem conhecimento. O Ministério da Justiça pode ser um parceiro no combate à corrupção”, afirmou o presidente eleito.
Bolsonaro disse ainda que pretende conversar com Moro e que se o encontro ocorrer, ele o fará o convite para a pasta. Ele repetiu que Moro perdeu a liberdade lutando contra a corrupção, acrescentando que ele precisa andar com seguranças diante de ameaças.
“É uma pessoa que merece ser reconhecida por seu trabalho e, nós sabemos, em vindo para o governo, ele fará valer todo o seu conhecimento para o bem do nosso Brasil.”
Bolsonaro diz que vai conversar com Temer para tentar aprovar parte da reforma da Previdência
Nesta segunda (29), em sua primeira entrevista à imprensa após a eleição, para a TV Record, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que vai conversar com o presidente Michel Temer para tentar aprovar “ao menos parte” da reforma da Previdência ainda em 2018, antes de assumir o cargo.
“Semana que vem estaremos em Brasília e tentaremos junto ao atual governo de Michel Temer aprovar alguma coisa. Senão toda a reforma da Previdência, ao menos parte, para evitar problemas para um futuro governo”, afirmou.
Em entrevista ao SBT, Bolsonaro disse que sua proposta para modificar o sistema de aposentadoria brasileiro é um pouco diferente do apresentado pelo governo de Michel Temer.
“Nós vamos procurar o governo e vamos procurar salvar alguma coisa desta reforma. A forma como ela está sendo proposta, não adianta eu ser favorável ou o general [Hamilton Mourão] ser favorável. Nós temos que ver o que pode ser aprovado, o que passa pela Câmara e pelo Senado”, afirmou. Nesta noite, o presidente eleito deu entrevista às três emissoras de TV (Record, SBT e Globo).
Em entrevista à Record, Bolsonaro afirmou ainda que vai pedir ao atual Congresso que evite “pautas bobas que aumentem ainda mais esse déficit, sob o risco de o Brasil entrar em colapso”.
“As conversas já começaram. Muitos partidos vieram conversar comigo.”
Ainda sobre suas decisões futuras para a área econômica, o presidente eleito afirmou que iniciará o processo de privatização pelas estatais que são deficitárias e disse que as empresas públicas que não cumprirem metas estarão sujeitas a serem vendidas à iniciativa privada.
Bolsonaro também concordou com a avaliação feita na noite de domingo pelo economista Paulo Guedes, futuro ministro da Fazenda do governo do capitão da reserva do Exército, de que o Mercosul não deve ser prioridade do futuro governo. Para o presidente eleito, o bloco comercial “tem sua importância, mas está supervalorizado”.
Ao tratar sobre comércio exterior, Bolsonaro defendeu a ampliação das relações com os Estados Unidos. Ele disse, inclusive, que a conversa que teve por telefone com o presidente dos EUA, Donald Trump, na véspera foi mais longa do que a que teve com outros líderes mundiais.
Após euforia com resultado eleitoral, Bolsa fecha em queda de 2%
O esperado bom humor do mercado financeiro no primeiro pregão após a vitória de Jair Bolsonaro na corrida presidencial não durou muito. Após um início positivo, com dólar em queda e Bolsa em alta, os investidores inverteram o cenário e, após às 12h15, o Ibovespa, índice com as principais ações em negociação no Brasil, virou para o terreno negativo.
A Bolsa terminou o dia aos 83.797 pontos, em queda de 2,24%. O dólar, por sua vez, que chegou a operar a R$ 3,58, fechou a R$ 3,7022, em alta de 1,36%.
A explicação para essa mudança está na expectativa dos agentes do mercado com relação ao futuro do novo governo. Mitigadas as incertezas no campo político brasileiro, após a vitória de Jair Bolsonaro, os investidores agora aguardam por sinalizações mais concretas sobre o que vem pela frente. Pesaram ainda nesta tarde as tensões comerciais entre Estados Unidos e China, com investidores alertas à possibilidade de novas sanções.
Medidas do governo elevam conta de luz em 3%
A dois meses do fim do governo Michel Temer, o Ministério de Minas e Energia decidiu propor medidas polêmicas que podem trazer custo de R$ 4,8 bilhões aos consumidores de energia e aumento de quase 3% na conta de luz, segundo a Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia (Abrace).
Entre as ações propostas está o acionamento de usinas térmicas a gás, que hoje estão paradas devido ao custo fixo elevado, e a realização de um leilão para contratação de térmicas na modalidade de reserva, sob a justificativa de elevar a segurança do sistema. O governo também aprovou uma resolução que dobrou o preço da energia da usina nuclear de Angra 3, cujas obras foram interrompidas após o envolvimento de empreiteiras em denúncias de corrupção.
O presidente da Abrace, Edvaldo Alves de Santana, questiona o momento para o governo adotar políticas que elevam o custo da energia em meio ao calendário eleitoral. Outro ponto é a tentativa de acionar térmicas mais antigas e caras em outubro, início do período chuvoso, o que já permitiu a adoção da bandeira amarela nas contas de luz em novembro, reduzindo o valor extra pago nas contas.
Segundo a Abrace, o reajuste de Angra 3 vai adicionar um custo de R$ 2,5 bilhões por ano nas contas de luz, depois que a usina estiver pronta. A contratação das térmicas mais antigas deve adicionar outros R$ 300 milhões por ano. “Acho incompreensível a pressa para implementar as medidas, além de deselegante com o governo que vai entrar. Tem tanto equívoco que se corre o risco de gastar com térmicas no período de chuvas”, disse Santana.
Na semana passada, o governo também lançou, para consulta pública, uma portaria e um decreto que permitiriam a realização de uma licitação para termoelétricas, mas numa modalidade inédita. Uma vez que os estudos de planejamento energético indicam sobra de energia, o governo pretende realizar um leilão para contratação de potência associada à energia de reserva, sob a justificativa de elevar a segurança do sistema no Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul.
------ Este artigo foi escrito por Redação Dinheirama. Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama
Fonte: Dinheirama
Comentários
Postar um comentário