Agora você confere as principais notícias de 29/03/2019, sexta-feira.
Maia encontra Guedes para acenar pacificação
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, se reuniram nesta quinta-feira (28) para acalmar os ânimos entre o Executivo e o Legislativo.
Após o encontro com lideranças na residência oficial, Maia afirmou que o “assunto está encerrado” e que o foco é a retomada da tramitação da reforma da Previdência.
“Esse assunto que vocês estão perguntando está encerrado”, disse, quando questionado por jornalistas sobre a troca de farpas com o presidente Jair Bolsonaro. “Eu disse ontem que estava na hora de parar.”
Na quarta-feira (27), ele afirmou que o presidente estava “brincando de presidir o país”. Bolsonaro retrucou dizendo ser uma declaração irresponsável e depois, nesta quinta, baixou o tom, afirmando que o entrevero foi “uma chuva de verão”.
Apesar do tom de pacificação com o Executivo, a relação de Maia com Paulo Guedes não havia sido abalada pela crise com o Planalto. O ministro é o principal interlocutor do presidente da Câmara no governo.
Guedes confirmou, por exemplo, que foi orientado pelo presidente da Casa a faltar na sessão da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) na terça-feira (26). Ele deveria explicar a reforma para os parlamentares, mas desmarcou em cima da hora, causando irritação no presidente do colegiado, Felipe Francischini (PSL).
Bolsa sobe 2,7% após o tombo de mais de 3%
A Bolsa brasileira entrou no modo montanha-russa com alta de 2,7% desta quinta-feira (28), depois da perda de mais de 3% na véspera. Para analistas, nenhuma dessas oscilações bruscas se justifica, mas elas refletem as incertezas políticas, que agora começam a se dissipar. O dólar, apenas nesta quinta, foi da máxima de R$ 4 até R$ 3,90 no mesmo pregão.
No fechamento do mercado, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara escolheu Marcelo Freitas (PSL) relator da reforma da Previdência, após atraso causado pelos atritos entre o governo Jair Bolsonaro (PSL) e o Congresso.
Foi a notícia positiva que coroou um dia de sinalizações de trégua entre os poderes após mais de uma semana de disputa. Na véspera, Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), reeditaram trocas de acusações que ganharam força no final de semana.
O Ibovespa, principal índice do mercado acionário, ganhou 2,70%, a 94.388 pontos. O giro financeiro voltou a superar a média diária do ano, a R$ 17,4 bilhões.
“[Maia] me sugeriu que eu esperasse a escolha do relator, esperasse um pouco para que não fosse uma visita mais conflitiva, e sim uma visita que pudesse ser mais produtiva, ele me deu essa orientação”, disse Guedes.
Maia confirmou que o ministro irá à comissão discutir a reforma na quarta-feira (3). “Eu vou mais tranquilo certamente, e acredito que a reforma vai deslanchar”, afirmou.
Guedes chamou o conflito entre os presidentes dos Poderes de “barulho” e disse que há falha de comunicação.
Delegado Marcelo Freitas, do PSL, será o relator da reforma na CCJ
O deputado federal Delegado Marcelo Freitas (PSL) será o relator da proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência na Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ). O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 28, pelo presidente do colegiado, Felipe Francischini (PSL).
“Houve um grande entendimento com Maia (Rodrigo Maia, presidente da Câmara) sobre a prioridade em relação à Previdência. Nossa decisão foi o delegado Marcelo Freitas; o delegado tem um currículo invejável. Será um relatório técnico”, afirmou Francischini.
Assim que definido o nome do delegado, o presidente da CCJ reafirmou a vinda do ministro Paulo Guedes ao colegiado na próxima quarta-feira (3). Guedes havia desistido da audiência após receber críticas internas do PSL e havia anunciado que só iria à comissão depois da escolha do relator.
“Vamos manter o calendário e votar no dia 17 a relatório”, afirmou o presidente da CCJ.
“É muito importante a fase que vamos enfrentar na CCJ. Na próxima quarta-feira, estaremos todos aqui”, afirmou o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. “O dia em que for aprovada aqui na CCJ, a Bolsa sobe, o País se alegra.”
Além de Francischini e Onyx, participaram da reunião que definiu o nome do relator o Delegado Waldir, líder do PSL na Câmara, a deputa Bia Kicis (PSL), vice-presidente da CCJ, e o secretário-especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho.
Acordo do Brexit será votado no Parlamento britânico pela terceira vez na sexta-feira
O governo britânico voltará a apresentar aos deputados, nesta sexta-feira (29), pela terceira vez, o acordo de Brexit negociado pela primeira-ministra Theresa May com a União Europeia (UE), quando termina o prazo acordado por Bruxelas para estender a saída para maio.
“Nesta sexta-feira 29 de março, haverá um debate sobre uma moção sobre a saída do Reino Unido da União Europeia”, anunciou nesta quinta a ministra das Relações com o Parlamento, Andrea Leadsom, aos deputados que já rejeitaram o texto duas vezes.
O presidente da Câmara dos Comuns, John Bercow, aprovou nesta quinta que os deputados votem na sexta o acordo de divórcio.
“A moção é nova, substancialmente diferente”, disse Bercow ao Parlamento, depois que o governo de Theresa May propôs debater apenas o Acordo de Saída assinado com Bruxelas, e não a declaração política sobre o futuro relacionamento entre as duas partes que normalmente o acompanha.
Depois de acordar a Londres um curto adiamento da data de saída, inicialmente agendada para esta sexta-feira, a UE advertiu que a Grã-Bretanha deveria adotar esta semana o Tratado de Retirada se aspira a uma extensão do Brexit até 22 de maio. Caso contrário, deverá enviar um plano B antes de 12 de abril, ou aceitar um Brexit sem acordo.
------ Este artigo foi escrito por Redação Dinheirama. Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama
Fonte: Dinheirama
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