A taxa Selic chegou em 2019 o seu menor patamar histórico ao terminar o ano em 4,5%. Ainda assim, a expectativa de alguns economistas é de que exista espaço para ao menos mais um corte na próxima reunião do COPOM (Comitê de Política Monetária do Banco Central) no começo de 2020.
A tendência deve ser encarada de forma positiva pelo mercado e pode proporcionar ótimos rendimentos a quem souber investir de forma precisa.
O que é a Selic?
Em primeiro lugar, vale apresentá-la sem “economês”: Selic significa Sistema Especial de Liquidação e de Custódia. Esse índice representa a taxa de juros seguida por bancos nos empréstimos overnight (ou seja, operações que duram apenas um dia), cujas garantias são os títulos públicos. Por isso, há quem a chame de “taxa básica”.
Quem define as variações é o Copom (Comitê de Política Monetária), órgão composto por membros do Banco Central.
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A Selic já chegou a 45% ao ano
O índice existe desde 1996 e já chegou a ser de 45% ao ano. Em poucas oportunidades, ele esteve abaixo dos dois dígitos, o que torna o momento atual mais especial. Para que haja tendência de queda, é esperado que a economia tenha inflação controlada, como acontece no cenário de hoje após um longo período de alta.
Quando o governo aumenta esse indicador básico, entende-se que as tarifas para empréstimos acompanharão esse crescimento e ficará mais caro obter crédito no país. O efeito direto é a redução do consumo, forçando uma queda dos preços no mercado com a lei da oferta e demanda.
Já quando a Selic baixa, o resultado esperado é inverso: com a segurança de que a inflação está controlada, o crédito é incentivado e, assim, o consumo encontra condições para crescer, gera empregos e movimenta o comércio. Portanto, podemos entender que o Banco Central sente confiança de que a economia, hoje, pode se desenvolver de forma sólida e o risco de uma disparada inflacionária é baixo.
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Hora certa de ajustar a Selic para baixo
Diminuir o indicador sem cautela trouxe consequências ruins para o mercado brasileiro no passado, mas hoje há um consenso de que o contexto está favorável. Sendo assim, podemos sentir otimismo de que a recessão está ficando para trás e, embora tenhamos muito entraves políticos e estruturais, os próximos meses devem ser positivos.
Por outro lado, muitos investidores podem estar de certa forma descontentes: fundos com rendimentos ligados à Selic estão entre os mais populares do país (aliás, a própria poupança rende menos quando a taxa básica está menor que 8,5% ao ano).
Mas sempre há opções, o segredo é fazer a leitura do cenário econômico e aportar o dinheiro nas aplicações corretas.
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Conclusão
Agora você já sabe para que serve a taxa Selic e também entendeu como precisamos ficar de olho em sua variação.
Lembre-se que acompanhar as questões financeiras pode apontar os melhores caminhos na hora de definir o planejamento financeiro.
------ Este artigo foi escrito por Ricardo Pereira. Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama
Fonte: Dinheirama
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