Já pensou receber um vídeo do seu artista favorito? João Kepler e Eleven Research analisam pitch da Okanal
Startups por todo o mundo trabalham com suas novas soluções e procuram se manter no mercado com novas ideias sugeridas, e com a Okanal não é diferente. Assim, acabam surgindo novas soluções para problemas que antes não eram uma preocupação. Especialistas do mercado e grandes conhecedores do ecossistema começam a ajudar com dicas e mentorias que podem alavancar as startups e seus empresários. No texto desta semana, João Kepler, em parceria com a Eleven Research, traz a análise da startup Okanal.
A internet trouxe novas facilidades para nossas vidas e com isso caminhos foram encurtados junto com a melhora nas vias de comunicação. Junto com a comunicação, surgiu uma nova classe de famosos, os influenciadores da internet, esses que acabaram ficando conhecidos dentro do mercado por ações que faziam dentro da própria internet. Mas se por um lado a internet trabalha para diminuir a comunicação, as novas estrelas do universo digital crescem cada vez mais e ficam mais distantes dos fãs.
A startup escolhida para ser analisada nesta semana foi a Okanal, que trata desse problema de distanciamento entre o grande público junto com os artistas. Por meio de uma plataforma, é possível encomendar um vídeo de interação entre o artista e um nome escolhido pelo cliente. Na mensagem, o famoso pode desejar um feliz aniversário, mensagens motivacionais ou até um simples abraço.
Problema definido
A startup trata como problema o tempo gasto pelas celebridades para a criação dos vídeos ou ligações, se preocupam que com o tempo e crescimento da celebridade o valor arrecadado já não seja mais efetivo para gerar o interesse do famoso de estar na plataforma. Além disso, comentam que muitas vezes a rotina das celebridades podem ser atarefadas e que não têm tempo de confeccionar.
A demanda de tempo preocupa pois na maioria dos pedidos os clientes pedem uma data específica, sendo um aniversário por exemplo, então acaba dando uma sensação de obrigação por parte do artista.
Solução especificada
Para João, a solução é bem definida, simples e o negócio funciona apenas como intermediário da mensagem. A preocupação pelo lado do famoso vem da incerteza de renda pelo serviço, por não ser algo fixo, pode variar entre os meses. Além disso, o influencer não tem possibilidade de crescer seu serviço oferecido, para arrecadar ainda mais, fica limitado apenas a gravação e a conversas com os clientes.
Modelo de negócios
Por ser um marketplace, o modelo da Okanal é simplificado e muito favorável para o lado da startup, afirma João. A empresa é apenas responsável pelo intermédio da solicitação, recebendo por esse processo à medida que as solicitações são feitas.
Como contraponto, os analistas reconhecem que a empresa depende totalmente da fama e engajamento dos influenciadores para que também tenha seu crescimento, fazendo com que o modelo de negócios não seja escalável.
Concorrência
A Okanal analisa sua concorrência na comparação entre número de talentos e crescimento da empresa, e se colocam como a segunda maior do mercado. Além disso comentam a possibilidade de abrir para o mercado internacional, sendo uma nova forma de escalar o negócio.
Time
O time passa a ser um dos pontos mais fortes do negócio, por tratar muito da relação junto ao influencer, é preciso ter uma pessoa bem relacionada nesse meio. A produtora é responsável por atrair os talentos e faz bem esse papel, visto que o negócio possui muitas opções de escolha das mais variadas áreas. Além disso, a presença de um especialista de Growth é importante para atrair ainda mais opções para os clientes.
Rodada
Com um valuation entre R$ 10,7 milhões e R$ 12,5 milhões, a Okanal busca uma rodada de R$ 1,5 milhão, que será usado para crescer ainda mais a equipe do projeto e investir em tecnologia. Para os analistas, o foco não é bem definido e deveria ser destinado para crescimento da marca e campanhas de marketing.
Conclusão
Os experts afirmam que o marketplace acaba sendo um novo problema para o projeto, explicam que muitas vezes é exigido muito trabalho por parte da equipe e pouco retorno é obtido. Além disso, comentam da constante busca por novos talentos para o banco de dados no negócio. Por fim, comentam preocupação com a demanda, que com o tempo pode vir a diminuir o interesse pelo produto.
Aqui, João Kepler comenta se investiria ou não na startup, e a Eleven Research apresenta com detalhes suas recomendações técnicas. Confira!
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