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Fintech especializada em soluções financeiras recebe aporte de até R$ 250 milhões
A International Finance Corporation (IFC), membro do Grupo Banco Mundial, aprovou um investimento de até R$ 250 milhões na Trademaster, fintech especializada em soluções financeiras e de crédito B2B, focada em empoderar o pequeno e médio varejo. O investimento acontece por meio do FIDC Tradepay (Fundo de Investimento em Direito Creditório) administrado pela Solis Investimentos, gestora de recursos referência em FIDCs no Brasil. O desembolso dos recursos acontecerá em duas tranches.
Por meio de FIDCs, a fintech disponibiliza crédito para o varejo, dando acesso a prazo e melhores condições comerciais de compra junto a grandes indústrias e distribuidores, apoiando assim a recuperação do setor, principalmente para as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). Com crédito disponível, o varejo otimiza sua gestão de estoque, com um mix de produtos mais completo, sem rupturas nas prateleiras, e atende melhor sua clientela, aumentando suas chances de prosperar e crescer. Além disso, a Trademaster entrará para o seleto hall de companhias que já receberam investimentos da instituição global,
O Tradepay Varejo, nome oficial do FIDC, nasceu para juntar forças ao serviço da Trademaster. De acordo com Francisco Pereira, cofundador e CEO da companhia, o investimento vai ser um grande reforço para a empresa proporcionar ainda mais o empoderamento do varejo, um dos setores base da economia nacional.
“Ter um investimento da IFC, que valoriza a inovação e as questões ESG, é a comprovação de que estamos no caminho certo. Os recursos nos darão ainda mais oportunidades de apoiar o micro, pequeno e médio varejo e toda a cadeia de distribuição. Estamos em um momento de desafios no cenário econômico e poder ajudar nesse processo de recuperação é muito importante. Nós intermediamos toda transação comercial a prazo entre os elos da cadeia de distribuição, e resolvemos o problema do acesso a crédito e prazo, que muitos varejistas têm hoje”, pontua o executivo. A Trademaster superou um volume financeiro de R$ 16 bilhões, e aumentou em 140% as suas operações nos últimos 12 meses.
Para Delano Macedo, sócio da Solis Investimentos, o investimento da IFC no FIDC da Tradepay revela o potencial desse mecanismo inovador para a originação de crédito desbancarizado no Brasil, em um incentivo aos pequenos negócios e às fintechs em especial. “A estrutura e a segurança características do FIDC foram fundamentais para esse investimento”, diz. “Trata-se de um FIDC com fatores ESG envolvidos, ligado a inovação, tecnologia e apoio a pequenas e médias empresas. Foram realizadas profundas análises de ESG, diligência e compliance, tanto para a Solis quanto para a Trademaster, em uma relação institucional extremamente positiva para ambas”, comenta Macedo.
A negociação da captação começou no primeiro semestre de 2021, quando a equipe da Solis Investimentos apresentou o FIDC Tradepay para a IFC. A análise de investimento levou em consideração dois principais pontos: o foco em beneficiar pequenas e médias empresas, e o foco no crédito digital utilizando tecnologia de forma inovadora.
“Estamos confiantes de que o projeto ajudará a reduzir a lacuna de financiamento das MPMEs no Brasil em meio a condições adversas de mercado, contribuindo para maior competitividade e mercados de capitais locais mais fortes por meio da diversificação do mercado de FIDCs”, afirma Carlos Leiria Pinto, Gerente Geral da IFC no Brasil. “O investimento está bem alinhado com a estratégia da IFC de melhorar a inclusão financeira no Brasil e oferecer tecnologias inovadoras para MPMEs,” ele acrescenta.
As MPMEs são fundamentais para a criação de empregos e crescimento econômico do país, e o setor foi um dos mais atingidos pela pandemia da COVID-19. De acordo com o SME Finance Forum, administrado pela IFC, o gap de financiamento para MPMEs no Brasil é de cerca de US$ 107 bilhões, desencorajando sua produtividade e potencial de crescimento.
A parceria entre Trademaster e Solis começou em 2016, quando fundos da gestora começaram a adquirir recebíveis originados pela fintech. Dentro desse cenário, as duas empresas se comprometeram em fazer uma contribuição mútua para o mercado financeiro, o que tornou possível a criação do FIDC Tradepay. “A partir desse investimento, criamos um track record robusto no mercado para aprimorar ainda mais o que ofertamos e podemos mostrar a qualidade e performance do nosso crédito”, afirma Pereira.
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