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Startup brasileira cria cidade cultural no metaverso e prevê R$ 1 milhão em faturamento
Jonas Davanço é formado em Design de Produto e desde muito novo se conectou com a arte, o que se transformou em um hobby. Há alguns anos ele começou a pesquisar mais sobre o mercado blockchain, buscando uma maneira de colocar imagem nessa tecnologia que também gerencia dados de direitos autorais de empresas e/ou marcas.
Já Gibran Sirena é formado em Rádio & TV e trabalha com produção de audiovisual na internet há 10 anos. “Ele é um dos artistas mais importantes que eu conheço, certamente você já deve ter visto alguns vídeos e brincadeiras que ele desenvolveu na internet e que viralizou”, comenta Jonas, que ressalta que quando se é compartilhado algo de forma online, perdemos o rastro de autoria e a arte criada passa a ser de domínio público da internet.
As NFTs, criptomoedas e metaverso fazem parte do universo dos criptoativos, que estão movimentando não só a internet mas as negociações digitais também. De acordo com DappRadar, em 2021, as negociações dos tokens não-fungíveis (NTFs) movimentaram cerca de US$ 24,9 bilhões. Acompanhando de perto o surgimento dessas novas tecnologias e percebendo que essa era uma forma de resolver o problema de rastreabilidade de autoria e comprovante de autenticidade, em março de 2021, Jonas e Gibran criaram a Xepa.World.
A plataforma da Xepa traz o futuro para o presente e dá suporte à arte e ao entretenimento por meio do metaverso, que serve também como um canal de conexão entre os artistas e o seu público. Dentro deste universo, existe uma cidade virtual que traz exposições artísticas e que pode ser acessada de forma gratuita, por qualquer dispositivo, seja no celular, tablet, computador ou então com óculos de realidade virtual.
“Passamos dois meses nos aprofundando e estudamos bastante o modelo de plataforma que queríamos, que é um local para troca de experiências, troca de valores, onde o artista consegue expor a sua arte e o usuário apreciá-la”, comenta Jonas. A startup começou a entrevistar galeristas, artistas do mercado tradicional e curadorias para fazer com que a Xepa se torne uma plataforma brasileira com universo estendido.
Ao todo, a Xepa tem 100 mil terrenos disponíveis para construir diversas experiências como galerias de arte, centros culturais, teatros, casas de show, museus, entre outras. “Essa tecnologia cria a possibilidade de construir um mundo virtual onde podemos levar e dar força para a arte em um espaço positivo, abrindo portas de diversas formas”, diz Davanço.
Segundo os fundadores da startup, a Xepa está há um passo de se tornar uma DAO (Decentralized Autonomous Organization), que funciona como uma organização da qual as normas são definidas no sistema blockchain por meio de contratos inteligentes, permitindo transparência a todos os usuários, ou seja, não há um servidor central que supervisiona os processos e o controle é realizado pelas pessoas e/ou empresas envolvidas no projeto.
“Até o segundo semestre de 2023, iremos automatizar a Xepa e lançar a DAO, porque ela é abstrata como uma cidade, que terá uma tesouraria e uma equipe que administra o local mas permite que outras pessoas também tenham acesso”, reforça Jonas.
Gibran, cofundador da startup, diz que com a criação da Avenida Principal da Xepa a plataforma vai passar a ser autoadministrável com eleições, definição de regras e fóruns abertos. Hoje, nessa mesma avenida, já existem duas galerias de arte e até o fim de 2022 deve abrigar outros 10 prédios que estão sendo desenvolvidos por arquitetos do mundo físico, que estão traduzindo para o metaverso os conceitos de humanidade presentes na arquitetura.
Os artistas irão participar de uma votação para decidir os próximos passos da cidade virtual. Atualmente, os participantes foram convidados a expor a sua arte no metaverso da Xepa, mas para outros artistas que queiram fazer alguma exposição, a startup cobra uma taxa de aluguel correspondente ao tipo de arte e tempo de exposição.
Desafios e Conquistas
“Falar World para mim é um dos maiores desafios”, brinca Jonas. “Explicar para as pessoas o que é o metaverso e fazer com que elas entendam como esse universo funciona é algo que estamos encontrando bastante dificuldade”, ressalta.
Para Jonas a maior conquista foi conseguir mostrar para o seu pai a plataforma e o espaço que criaram, porque ele não tinha muito contato com a tecnologia e por isso não entende muito sobre o funcionamento deste novo universo. “Ver que ele gostou de tudo que estamos criando foi um marco muito importante para mim”, comenta.
Já para Gibran, “ter exposto pela primeira vez no metaverso a obra ‘The Burned Picasso’, foi para mim a maior conquista por tudo que essa obra representa e por sermos a primeira plataforma a trazê-la para o metaverso”.
Investimentos e próximos passos da Xepa
A startup, fundada em São Paulo, participou do programa de aceleração da WOW Aceleradora, que além de oferecer mentorias para a empresa, também investiu cerca de R$ 150 mil na Xepa. Atualmente, a startup conta com três pessoas fixa no time: seus dois cofundadores e Gabriel Saito, produtor cultural da startup.
Embora a plataforma tenha sido lançada em 2021, a primeira exposição aconteceu em agosto de 2022. A previsão é que em 2023, com o lançamento da Avenida Principal da Xepa, a startup fature seu primeiro R$ 1 milhão.
O post Startup brasileira cria cidade cultural no metaverso e prevê R$ 1 milhão em faturamento aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Raquel Barreto
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