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Black Friday: a segurança do seu e-commerce está preparada?
Estamos nos aproximando da principal data do calendário promocional do e-commerce brasileiro. A Black Friday movimentou R$ 4,2 bilhões no ano passado no varejo online, com 5,6 milhões de pedidos somente na quinta e sexta-feira, segundo a Nielsen E-Bit – para o e-commerce, é quase um “Natal antecipado”.
A cada ano que passa, a Black Friday passa a ser menos “Friday” e mais “November”: as ações promocionais têm se estendido durante todo o mês para impactar os consumidores em momentos diferentes – e evitar a concorrência pesada nas 48 horas dos dois principais dias da ação promocional.
Neste ano, a Black Friday tem um componente novo – e bastante positivo para os negócios: a Copa do Mundo. A venda de eletroeletrônicos, produtos relacionados ao futebol e categorias como alimentos e bebidas costuma disparar antes dos jogos, e essa é uma excelente notícia neste ano complicado que temos vivido.
Mas precisamos deixar o alerta: o varejo não pode se expor a riscos desnecessários nesta temporada de Black Friday. E riscos existem – muitos, por sinal. Será que você está atento a esses riscos?
Maturidade em evolução
Apenas nos meses iniciais da pandemia, mais de 10 milhões de pessoas fizeram compras online pela primeira vez. Esse movimento continuou em 2021 e no primeiro semestre deste ano. Mais ainda: com o aperto da economia, muita gente passou a vender online, seja em marketplaces, seja em plataformas próprias. Isso significa que uma quantidade enorme de pessoas ainda está em um processo de “aculturamento digital” e desconhece boa parte dos riscos do mercado.
Isso explica, por exemplo, por que os casos de phishing respondem por 80% dos incidentes de engenharia social na América Latina. O consumidor desavisado clica naquele falso e-mail de alerta ou na mensagem que chega via WhatsApp – e em menos de 90 minutos o criminoso já está fazendo estragos usando os dados do cliente.
Só o cliente não basta
Esses dados mostram que o usuário precisa fazer parte da segurança. Soluções tecnológicas que ajudem o consumidor a se proteger são muito bem-vindas – mas somente isso não basta, pois o risco para as empresas é grande demais.
É preciso ter uma postura proativa no combate aos crimes digitais. Esperar que a casa seja invadida para então tomar uma providência é justamente o que tem deixado as empresas sujeitas a ataques de ransomware e a fraudes de todo tipo.
Proteção em tempo real no e-commerce
Criminosos digitais sabem que tempo, literalmente, é dinheiro. Quando eles capturam dados dos clientes, quanto mais rapidamente eles fizerem a fraude, menor a possibilidade de serem detectados. Como as ferramentas tradicionais do mercado não estão preparadas para absorver um grande volume de transações ao mesmo tempo, elas acabam funcionando como gargalos, prejudicando a experiência de compra. Nesse momento, o e-commerce prefere se arriscar a fazer uma venda fraudulenta a barrar uma venda falsamente suspeita. E os prejuízos acontecem.
Especialmente na Black Friday, em que a temporada de compras é muito curta, o varejo não pode perder tempo na análise de transações. Demorar para aprovar a compra pode significar perder a venda. Especialmente nos casos de “falsos positivos”, o antifraude pode estragar a experiência de compra – por outro lado, liberar qualquer compra é um prato cheio para fraudadores.
A solução é o uso intensivo de tecnologia para automatizar os processos de aprovação e diminuir os riscos de fraudes. Dessa forma, é possível conservar o sigilo do cliente, respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), e ao mesmo tempo entregar toda a segurança necessária.
Todo cliente é único, não só na Black Friday
Com o uso de milhares de pontos de contato com o cliente, os sistemas mais avançados de segurança conseguem identificar se aquela transação pode ser fraudulenta ou se é segura. Cada pessoa tem características únicas, como o ângulo e altura em que segura seu smartphone, com que dedos faz a digitação, com que velocidade, quais os aplicativos que estão no celular e de onde faz a compra. A análise em tempo real desses e outras centenas de parâmetros dá às empresas mais segurança de que aquela compra é verdadeira.
Soluções como a Know Your Users, da Nethone, vão tão a fundo nesse tipo de análise que conseguem avaliar com um grau de precisão enorme se o cliente é realmente quem diz ser. A velocidade de digitação do número de cartão de crédito, o tipo de aparelho e o mix de apps no celular, por exemplo, geram combinações quase infinitas. Esses fatores, combinados com características de fraudadores, como o uso de celulares “pelados” e sua conexão a computadores para facilitar o “copy/paste” de números de cartões, geram padrões que mostram com grande segurança se o cliente é real – ou se a transação é uma fraude.
Nesta Black Friday, é preciso tomar ainda mais cuidado com a segurança de suas transações online. As fraudes estão cada vez mais sofisticadas e sistemas baseados em regras não são capazes de lidar com os desafios do uso de Inteligência Artificial e fraudes sintéticas por cibercriminosos. Por causa disso, é necessário ser ainda mais ativo na segurança das transações. A saúde financeira do seu negócio agradece!
* Paulo Moura é VP de Business Development da Nethone no Brasil
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