Pular para o conteúdo principal

Venture Capital está em queda, mas Brasil continua entre os mercados atrativos para investidores, diz KPMG

Startupi

Venture Capital está em queda, mas Brasil continua entre os mercados atrativos para investidores, diz KPMG

Os números globais de transações em Venture Capital seguem caindo, é o que diz o estudo Venture Pulse da KPMG, com dados do terceiro trimestre de 2023, os quais demonstram que o segmento continua em queda. Para se ter uma dimensão da situação, o volume global de transações caiu para um nível não visto desde o quarto trimestre de 2018.

O investimento global em Venture Capital caiu de US$ 81,4 bilhões em 9.563 transações no segundo trimestre de 2023 para US$ 77,05 bilhões em 7.434 transações no terceiro trimestre desse ano, uma queda de 5.35% em valor e de 23% em número de transações.

Além da situação macroeconômica global, a razão para essa queda que já é sentida desde as edições anteriores é o aumento da cautela dos investidores na hora da escolha de aplicação dos seus investimentos em uma empresa. “Os processos de seleção de startups e tomada de decisão têm sido mais extensos, em função da maior seletividade dos investidores e de análises mais profundas em busca da lucratividade nos modelos de negócio”, diz Rodrigo Guedes, sócio-líder de Equity Capital Markets Advisory da KPMG no Brasil.

Venture Capital no Brasil

Embora o Brasil também tenha registrado um trimestre com menos transações em relação ao trimestre anterior, de 123 para 71 transações, ele apresentou um volume de negócios 7,0% superior com US$ 466,4 milhões e continua entre os principais mercados emergentes de Venture Capital atraentes aos investidores.

O Brasil ainda teve o destaque de uma transação de US$ 100 milhões em uma proptech, ao lado dos Emirados Árabes Unidos com uma de US$ 400 milhões e Japão, que teve duas grandes transações de US$ 170 milhões e US$ 101 milhões. “Os investidores continuaram a mostrar interesse no mercado de rápido amadurecimento. O aumento da diversidade de segmentos que atraem grandes investidores evidencia a evolução do mercado brasileiro. Nesse sentido, o Brasil tem um forte potencial de crescimento, tendo as fintechs como as startups mais atraentes para investimentos no país”, afirma Daniel Malandrin, Sócio-líder de Venture Capital & Innovation da KPMG no Brasil.

A Europa é o continente que expressou reação frente à queda global, saindo de US$ 16,4 bilhões do segundo trimestre para US$ 17,3 no terceiro trimestre, mas o seu volume de transações caiu de 2.454 para 1.671. As Américas tiveram queda para US$ 38,6 bilhões — o nível mais baixo desde o quarto trimestre de 2019 e a região da Ásia-Pacífico também caiu, para US$ 20,3 bilhões, o nível mais baixo desde o primeiro trimestre de 2017.

No entanto, em meio a toda essa diminuição, a publicação da KPMG também mostrou alguns aumentos e pontos positivos: o investimento global de venture capital corporativo cresceu um pouco, passando de US$ 39,1 bilhões no segundo trimestre de 2023 para US$ 40,4 bilhões no terceiro trimestre de 2023 e o valor da saída aumentou de US$ 53,3 bilhões no segundo trimestre de 2022 para US$ 82,8 bilhões no terceiro trimestre de 2023.

Os setores de tecnologia limpa (cleantech), Inteligência Artificial (IA) e energia continuam atraindo os investidores. As empresas de cleantech responderam por mais da metade das maiores transações de Venture Capital no terceiro trimestre de 2023. No Brasil, os investidores também continuaram a mostrar interesse no setor das energias limpas, principalmente nas soluções relacionadas à energia solar, seja na produção, comercialização ou financiamento.


Acesse aqui e saiba como você e o Startupi podem se tornar parceiros para impulsionar seus esforços de comunicação. Startupi – Jornalismo para quem lidera a inovação.

O post Venture Capital está em queda, mas Brasil continua entre os mercados atrativos para investidores, diz KPMG aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Bruna Galati



Continue Lendo: Startupi / https://startupi.com.br/venture-capital-esta-em-queda/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

4 dicas para startups que desejam captar o primeiro investimento

Startupi 4 dicas para startups que desejam captar o primeiro investimento Nos últimos anos, o Brasil vem apresentando um grande potencial para startups que desejam captar o primeiro investimento para expandir seus negócios. Para ilustrar, em 2023, segundo dados do Distrito, no Brasil, o setor angariou US$1,9 bilhão, já na América Latina os valores chegaram a US$3 bilhões – captações mais baixas do que anos anteriores, mas que representaram grandes montantes. Agora, com uma expectativa favorável de mercado, as previsões são de aumento cauteloso dos investimentos. Porém, com as novas oportunidades, também é importante que os fundadores apresentem projetos assertivos e com bom um modelo de negócio. Para Erica Fridman, investidora e cofundadora da Sororitê, maior rede de investidoras-anjo do Brasil, “para empresas early-stage em busca de capital, a capacidade dos fundadores de explicar o negócio de maneira clara e demonstrar seu potencial de escalabilidade é fundamental para garantir

É hora das startups se prepararem para receber investimentos!

Startupi É hora das startups se prepararem para receber investimentos! * Por Jéssica Lima Os especialistas são unânimes: temos indícios de que 2024 será um ano melhor para as startups se comparado aos anteriores. O ano de 2022 nos surpreendeu com a crescente onda de layoffs e uma queda considerável no número de startups chegando ao status de unicórnios. Isso porque, enquanto os anos anteriores haviam trazido uma abundância de investimentos para startups, o momento já não era tão positivo e os investidores começaram a ser mais cautelosos na avaliação dos investimentos.  O cenário se manteve durante 2023, mas agora já é possível ver sinais de melhoras. As perspectivas são positivas, mas isso não significa que os investidores estarão dispostos a apostar suas carteiras. As startups precisam estar preparadas e atentas se pretendem buscar um incentivo financeiro em 2024. O primeiro ponto que vale para startups em qualquer fase de desenvolvimento é ter um pitch bem estruturado. É hora d

Estratégias e técnicas de captação para times fundadores de startups

Startupi Estratégias e técnicas de captação para times fundadores de startups A jornada de construir e escalar uma startup é uma verdadeira montanha-russa de emoções, conquistas, e muitos desafios fazem parte dessa jornada. Um dos maiores obstáculos é ter capital para financiar o crescimento do seu negócio. Segundo dados da CB Insights, 29% das startups fecham por falta de recursos financeiros. Existem diferentes maneiras para o time fundador financiar a sua startup. Enquanto alguns utilizam recursos próprios, o chamado bootstrapping, outros recorrem para investidores externos, como, por exemplo, família, amigos, investidores-anjo, fundos de venture capital,fundos de private equity, prêmios eaté o governo. Independentemente do caminho escolhido, é fundamental entender não apenas  estratégias e técnicas de negociação, como também qual o racional que baseia as decisões dos investidores. Isso se torna ainda mais importante quando você está no início da sua jornada de captação, pois a