Pular para o conteúdo principal

A evolução da agenda ESG na inovação e na mente do investidor

Startupi

A evolução da agenda ESG na inovação e na mente do investidor

* Por Gabrielle Vieira

Nos últimos anos, o conceito de ESG (Ambiental, Social e Governança) se consolidou como um vetor fundamental de mudança no universo dos negócios e investimentos. Esse movimento reflete uma consciência ampliada de que os desafios de sustentabilidade são cruciais não só para o bem-estar do planeta, mas também para a performance financeira das empresas no longo prazo. A inserção da agenda ESG na inovação empresarial, nas startups e na mentalidade dos investidores está redefinindo as práticas de financiamento e estratégias corporativas, evidenciando uma nova era de oportunidades e responsabilidades.

Trata-se de uma jornada que começou nas décadas de 1960 e 1970, em direção ao investimento socialmente responsável. Ao longo dos anos, seu escopo expandiu-se, especialmente após o relatório Brundtland, em 1987, que trouxe o desenvolvimento sustentável ao debate global. A introdução dos Princípios para o Investimento Responsável (PRI) pela ONU e a criação do Índice de Sustentabilidade Dow Jones no início dos anos 2000 marcaram o ESG como um critério essencial na avaliação empresarial.

Agenda ESG e startups

As startups, nascidas em uma era de profunda conscientização ambiental e social, estão na vanguarda da incorporação de práticas ESG desde sua concepção. Startups de tecnologia verde, soluções de mobilidade sustentável, fintechs focadas em inclusão financeira e healthtechs dedicadas a democratizar o acesso à saúde são exemplos de como o empreendedorismo moderno está alinhado aos princípios ESG.

Essas jovens empresas não apenas adotam modelos de negócios responsáveis, mas também atraem investimentos significativos de fundos de venture capital que priorizam critérios ESG. Isso demonstra uma mudança significativa na mentalidade dos investidores, que agora veem valor e potencial de retorno em longo prazo em companhias que se comprometem com práticas sustentáveis e éticas. Seja por meio do desenvolvimento de tecnologias limpas ou da implementação de modelos de negócios circulares, essas empresas estão redefinindo indústrias inteiras e promovendo mais consciência.

Embora o cenário seja promissor, startups e investidores enfrentam desafios, como a necessidade de padronizar métricas de impacto ESG e superar barreiras de financiamento para empresas em estágio inicial. No entanto, esses obstáculos também representam oportunidades para inovar e desenvolver soluções que não apenas atendam às necessidades do mercado, mas também contribuam para um futuro sustentável.

A integração da agenda ESG na inovação, especialmente no dinâmico setor de startups e na mente do investidor, é um marco na jornada em direção a práticas de negócios mais sustentáveis e responsáveis. À medida que essa agenda evolui, redefine o conceito de sucesso empresarial e promove uma nova onda de avanços destinados a resolver alguns dos problemas mais prementes do mundo. As startups, ao lado de investidores conscientes, estão na linha de frente dessa transformação, abrindo caminho para um futuro em que o valor empresarial é indissociavelmente ligado ao bem-estar ambiental e social.

* Gabrielle Vieira é COO da FHE Ventures


Acesse aqui e saiba como você e o Startupi podem se tornar parceiros para impulsionar seus esforços de comunicação. Startupi – Jornalismo para quem lidera a inovação.

O post A evolução da agenda ESG na inovação e na mente do investidor aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Convidado Especial



Continue Lendo: Startupi / https://startupi.com.br/a-evolucao-da-agenda-esg/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mulheres que inspiram outras mulheres

Startupi Mulheres que inspiram outras mulheres A participação de mulheres no mercado automotivo tem avançado, refletindo mudanças estruturais em setores historicamente dominados por homens. A Kavak , plataforma de compra e venda de veículos seminovos, tem investido na ampliação da diversidade, promovendo maior inclusão em diferentes áreas da empresa. Atualmente, 35% dos colaboradores são mulheres, com 13% delas atuando em funções operacionais, como mecânica, detalhamento e logística. Mariana Uzuelli , head de pessoas da Kavak Brasil , destaca que a diversidade impulsiona inovação e crescimento organizacional. “A presença feminina fortalece a cultura da empresa, além de inspirar novas gerações a ocuparem esses espaços”, afirma. Entre os exemplos de profissionais que se destacam, está Daiely Souza , encarregada mecânica , promovida após três anos na companhia. Trabalhando diretamente na manutenção dos veículos, ela é uma das responsáveis pelo funcionamento do maior...

Desafios das adtechs para 2025

Startupi Desafios das adtechs para 2025 O mercado de publicidade digital passa por transformações significativas, exigindo adaptação das adtechs a novas regulamentações, avanço tecnológico e mudanças no comportamento do consumidor. Em 2025, a privacidade de dados, a integração de informações e o uso de inteligência artificial estão entre os principais focos do setor. Segundo Paula Freir , Sales Director da Siprocal , empresa especializada em soluções para publicidade digital, os desafios incluem novas estratégias para segmentação de audiência e mensuração de resultados. A eliminação dos cookies de terceiros obriga as empresas a adotarem estratégias alternativas para a coleta de dados. O uso de first-party data , integração com publishers e soluções como household sync despontam como opções viáveis para manutenção da eficiência das campanhas. Com o avanço das plataformas digitais, as adtechs precisam adaptar soluções para suportar novos formatos de anúncios e in...

A tokenização das finanças representa avanço na digitalização de ativos financeiros

Startupi A tokenização das finanças representa avanço na digitalização de ativos financeiros *Por João Fraga Primeiro, precisamos esclarecer que o Drex não veio para substituir o Pix. Pelo contrário, o Drex é uma moeda digital que faz parte da família deste. Conforme a leitura dos marketeiros do Banco Central, o “x” sinaliza um futuro que está associado à tecnologia, cujo acrônimo significa Digital Real Eletronic X. Este não é um meio de pagamento. E, sim, uma plataforma por meio da qual se realizam operações em grande escala como a aquisição de automóveis e a compra e venda de imóveis.  Ele é o real em sua forma digitalizada. Por este meio, mantém-se toda a confiabilidade e estabilidade da moeda. Entretanto, nesta versão digital, não existe uma cédula impressa. Esta é a própria moeda disponível em uma plataforma eletrônica, que vai ser controlada pelo Banco Central. As informações referentes ao dinheiro não ficam em um único computador, mas em uma rede que disponibi...