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IA na América Latina: quão desenvolvida está a logística brasileira?

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IA na América Latina: quão desenvolvida está a logística brasileira?

* Por Alvaro Loyola

Fundamental para as empresas, a logística desempenha um papel essencial tanto na experiência do cliente quanto na rentabilidade do negócio, ao passo que planeja, coordena e monitora todas as etapas da cadeia de abastecimento, isto é, desde o fabrico até a entrega para o consumidor final.

É inegável os inúmeros avanços tecnológicos realizados no segmento logístico na última década, principalmente a partir do desenvolvimento da Inteligência Artificial. Revolucionando a logística tradicional, a IA além de impulsionar o setor, tornou-se uma ferramenta poderosa no enfrentamento de desafios complexos existentes na cadeia de abastecimento. Logo, assegura entregas mais rápidas, precisas e consistentes, que elevam não apenas a satisfação do cliente, como também a lealdade e retenção.

Neste sentido, a Inteligência Artificial tem transformado a forma como as empresas gerem suas operações logísticas, desde a otimização das rotas de entrega à gestão de inventário e previsão da procura. Permitindo uma gestão mais eficiente e precisa de várias operações, a IA é capaz de prever a busca de produtos, o que contribui para o planejamento de reposição de inventário nos armazéns, minimizando, assim, possíveis custos de armazenamento e, sobretudo, reduzindo o tempo de espera do cliente.

Logística e IA na América Latina

Porém, a pergunta que não quer calar é: quão preparados estamos para o desenvolvimento da IA na América Latina? Segundo o Índice Latino-Americano de Inteligência Artificial (ILIA), publicado pelo Centro Nacional de Inteligência Artificial (Cenia), o Chile figura entre o melhor país posicionado no estudo. Liderando a nível regional, o Chile se destaca em diversos aspectos nas áreas de infraestrutura, pesquisa e governança.

Ainda de acordo com o relatório, o Brasil é o segundo país posicionado no ranking e o único que integra elementos de IA no currículo escolar nacional, uma vez que os demais países alcançam apenas habilidades digitais e competências em TIC. Com isso, embora haja lacunas de capital humano no mercado de trabalho e reconhecimento da importância disto nas políticas e estratégias nacionais de IA na América Latina, ainda não é evidente que os estados estejam a promover medidas com a urgência e a escala necessárias.

Marcado por um forte crescimento da Inteligência Artificial na logística brasileira, o ano de 2023 fez diversas empresas repensarem na aplicabilidade da tecnologia, diante do aumento significativo do e-commerce, a busca por eficiência e a crescente disponibilidade de dados e inovações. Inclusive, de acordo com dados do relatório “The State of AI in Logistics 2023”, da consultoria McKinsey & Company, o volume de investimentos em soluções de IA na logística do Brasil atingirá US$ 5,5 bilhões até 2027, representando, assim, um crescimento anual de 37,3%.

Embora seja capaz de melhorar a performance das atividades e os resultados financeiros dos players de mercado, ainda há inúmeros desafios de implementação e formação de profissionais qualificados a nível global. Portanto, a implantação da Inteligência Artificial na logística no Brasil tem potencial para crescer e evoluir em termos de adoção e uso em larga escala. Contribuindo na eficiência e precisão das tomadas de decisões, a IA certamente auxiliará cada vez mais na identificação de novas oportunidades e tendências que podem ser exploradas pelos profissionais do setor. Lembre-se: a IA é uma oportunidade de negócio competitiva, quando aplicada de forma responsável e segura!

* Alvaro Loyola é Country Manager da Drivin Brasil


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