Pular para o conteúdo principal

Guarda Digital quer revolucionar gestão pós-morte com tecnologia e humanização

Startupi

Guarda Digital quer revolucionar gestão pós-morte com tecnologia e humanização

A startup Guarda Digital, pioneira no setor de gestão pós-morte, está transformando a maneira como as famílias lidam com os aspectos burocráticos e emocionais após a perda de um ente querido. Com uma plataforma que integra tecnologia avançada e um atendimento humanizado, a empresa oferece uma série de serviços que vão além da assistência funeral tradicional.

Fundada em 2023, a Guarda Digital desenvolveu uma ferramenta que gerencia tanto questões legais e financeiras, como inventário, seguro de vida, plano funerário e partilha de bens, quanto a preservação da memória digital do falecido. A plataforma está disponível para dispositivos móveis e desktops, permitindo que os usuários acessem os serviços de qualquer lugar e a qualquer momento.

“Embora a morte seja um tabu, precisamos falar sobre ela e planejar o pós-vida para preservar a memória da família. A rotina de todos está cada vez mais ligada ao digital, por isso buscamos fornecer as ferramentas e o conhecimento necessários para enfrentar os desafios de gestão neste momento delicado e, ao mesmo tempo, manter vivo o legado de quem partiu”, afirma Sidney Pedrotti, CEO da Guarda Digital.

Nascimento da Guarda Digital

A empresa busca não só auxiliar as famílias com os trâmites burocráticos, mas também oferecer suporte emocional durante o luto. A plataforma permite o armazenamento seguro de fotos, vídeos, mensagens e outros momentos preciosos, além de possibilitar a criação de homenagens personalizadas que podem ser compartilhadas com amigos e familiares. Dessa forma, a Guarda Digital proporciona um ambiente protegido e confidencial para manter viva a memória dos entes queridos.

“Entendemos também a importância de cuidar das necessidades emocionais daqueles que estão passando pelo luto. Assim, temos uma equipe comprometida em oferecer suporte compassivo e recursos significativos para ajudar os usuários a enfrentar o processo de maneira saudável, positiva e eficiente com serviços otimizados para cada necessidade”, explica Sidney.

A trajetória de Sidney Pedrotti na área de tecnologia, especialmente nos últimos sete anos focado no setor financeiro, somada à sua experiência pessoal com a perda de sua mãe em 2020, foi fundamental para a criação da Guarda Digital. O CEO percebeu a necessidade de um serviço que aliasse tecnologia ao processo de luto, oferecendo uma solução prática e emocionalmente acolhedora para aqueles que enfrentam essa fase difícil.

“Quem está vivendo o luto tem dois caminhos que pode seguir: ou você enterra ou você homenageia a pessoa. O luto é um processo emocionalmente desafiador. Você pode passar por isso de uma forma traumática ou acolhedora. Na ocasião, eu tive essa experiência da forma traumática. Hoje, com toda essa tecnologia, a gente tem que viver o processo de luto sem o apoio da tecnologia. O desafio foi tentar trazer a tecnologia para apoiar o planejamento pós-vida”, explica.

Como funciona a plataforma

A Guarda Digital visa educar as pessoas sobre os aspectos práticos do processo pós-morte e facilitar o acesso às informações e aos serviços relacionados ao luto. No Brasil, onde a cultura do testamento não é amplamente difundida, a empresa se propõe a simplificar esse processo, permitindo que as pessoas registrem suas vontades e organizem a partilha de bens de forma transparente e eficiente.

“Nosso propósito é ajudar as famílias no cuidado emocional, mas também apoiar a questão financeira com orientação, até do próprio inventário. As pessoas, por medo da morte, não entram nas questões importantes e não têm conhecimento sobre o que é importante nessa hora. Quando você cria um rito de homenagem da despedida, respeitando o que a pessoa desejava, é menos traumático”, destaca.

Atualmente, a Guarda Digital tem 20 colaboradores, todos com experiências pessoais relacionadas ao luto, o que contribui para um engajamento genuíno com a missão da empresa. A startup já atraiu investimento da Core Capital e está estabelecendo parcerias com diversas seguradoras, planos de assistência familiar e cemitérios. Com 12 clientes corporativos, a empresa projeta alcançar 300 mil usuários.

A plataforma está em constante evolução, com o lançamento de novas funcionalidades previstas para o próximo mês. Entre as novidades estão ferramentas para acompanhar exames médicos e funcionalidades específicas para pets, incluindo histórico médico e designação de tutores após a morte.

“Somos uma empresa de propósito, nosso objetivo é democratizar o uso dessas ferramentas. Quando a gente começou a construir o produto eu me via como usuário dele. Eu achei que o público-alvo eram homens, adultos, com filhos. Mas as mulheres são os maiores usuários do produto, porque elas se preocupam mais. Quem mais utiliza nosso produto são mulheres 35+. A gente tem olhado pra esse público com todo cuidado para oferecer novos produtos”, explica Pedrotti.

Ainda, a Guarda Digital também está colaborando com a Universidade Federal de Pernambuco no lançamento de um livro para ajudar as pessoas a planejar o pós-vida, reforçando seu compromisso em transformar a maneira como o luto é tratado e vivido.


Aproveite e junte-se ao nosso canal no WhatsApp para receber conteúdos exclusivos em primeira mão. Clique aqui para participar. Startupi | Jornalismo para quem lidera inovação!

O post Guarda Digital quer revolucionar gestão pós-morte com tecnologia e humanização aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Marystela Barbosa



Continue Lendo: Startupi / https://startupi.com.br/guarda-digital-gestao-pos-morte/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

4 dicas para startups que desejam captar o primeiro investimento

Startupi 4 dicas para startups que desejam captar o primeiro investimento Nos últimos anos, o Brasil vem apresentando um grande potencial para startups que desejam captar o primeiro investimento para expandir seus negócios. Para ilustrar, em 2023, segundo dados do Distrito, no Brasil, o setor angariou US$1,9 bilhão, já na América Latina os valores chegaram a US$3 bilhões – captações mais baixas do que anos anteriores, mas que representaram grandes montantes. Agora, com uma expectativa favorável de mercado, as previsões são de aumento cauteloso dos investimentos. Porém, com as novas oportunidades, também é importante que os fundadores apresentem projetos assertivos e com bom um modelo de negócio. Para Erica Fridman, investidora e cofundadora da Sororitê, maior rede de investidoras-anjo do Brasil, “para empresas early-stage em busca de capital, a capacidade dos fundadores de explicar o negócio de maneira clara e demonstrar seu potencial de escalabilidade é fundamental para garantir

É hora das startups se prepararem para receber investimentos!

Startupi É hora das startups se prepararem para receber investimentos! * Por Jéssica Lima Os especialistas são unânimes: temos indícios de que 2024 será um ano melhor para as startups se comparado aos anteriores. O ano de 2022 nos surpreendeu com a crescente onda de layoffs e uma queda considerável no número de startups chegando ao status de unicórnios. Isso porque, enquanto os anos anteriores haviam trazido uma abundância de investimentos para startups, o momento já não era tão positivo e os investidores começaram a ser mais cautelosos na avaliação dos investimentos.  O cenário se manteve durante 2023, mas agora já é possível ver sinais de melhoras. As perspectivas são positivas, mas isso não significa que os investidores estarão dispostos a apostar suas carteiras. As startups precisam estar preparadas e atentas se pretendem buscar um incentivo financeiro em 2024. O primeiro ponto que vale para startups em qualquer fase de desenvolvimento é ter um pitch bem estruturado. É hora d

Estratégias e técnicas de captação para times fundadores de startups

Startupi Estratégias e técnicas de captação para times fundadores de startups A jornada de construir e escalar uma startup é uma verdadeira montanha-russa de emoções, conquistas, e muitos desafios fazem parte dessa jornada. Um dos maiores obstáculos é ter capital para financiar o crescimento do seu negócio. Segundo dados da CB Insights, 29% das startups fecham por falta de recursos financeiros. Existem diferentes maneiras para o time fundador financiar a sua startup. Enquanto alguns utilizam recursos próprios, o chamado bootstrapping, outros recorrem para investidores externos, como, por exemplo, família, amigos, investidores-anjo, fundos de venture capital,fundos de private equity, prêmios eaté o governo. Independentemente do caminho escolhido, é fundamental entender não apenas  estratégias e técnicas de negociação, como também qual o racional que baseia as decisões dos investidores. Isso se torna ainda mais importante quando você está no início da sua jornada de captação, pois a