Pular para o conteúdo principal

João Kepler investiga desafios empresariais em estudo para seu novo livro ‘O Ponto Cego Empresarial

Startupi

João Kepler investiga desafios empresariais em estudo para seu novo livro ‘O Ponto Cego Empresarial

Uma nova pesquisa conduzida por João Kepler, investidor e fundador da Bossa Invest, revelou barreiras significativas na adaptação tecnológica entre empresários brasileiros. Segundo o levantamento, 35% dos líderes afirmam não priorizar a adoção de tecnologias inovadoras, incluindo inteligência artificial.

O estudo foi realizado para compor o conteúdo do livro de Kepler, “O ponto cego empresarial”, que aborda os desafios invisíveis que podem prejudicar o crescimento das organizações no cenário atual.

O dado é um sinal de alerta, especialmente considerando o contexto de transformação digital acelerada. Segundo o investidor, a falta de interesse em tecnologias emergentes pode prejudicar a competitividade de empresas que enfrentam um mercado cada vez mais dependente de inovação para sustentar suas operações.

“É uma situação preocupante, já que a tecnologia se tornou o motor de crescimento para muitas organizações, especialmente em setores de alta demanda”, observa Kepler, destacando a necessidade de uma visão mais abrangente para que líderes identifiquem oportunidades que possam estar sendo negligenciadas.

Além da resistência tecnológica, a pesquisa aponta falhas na gestão de pessoas e na criação de uma cultura de comunicação aberta. Cerca de 28% dos empresários brasileiros indicaram que possuem dificuldades em estabelecer práticas eficazes de feedback e comunicação interna.

Para Kepler, a falta de uma cultura de feedback impacta diretamente a capacidade de inovação e aprimoramento contínuo, limitando a colaboração dentro das organizações.

Entre os entrevistados, 31% indicaram que suas culturas organizacionais não incentivam o feedback sincero, enquanto 27% admitiram que os processos internos são implementados sem questionamento, o que revela um comportamento de resistência a mudanças estruturais. Segundo a pesquisa, essa prática pode criar um ambiente de conformidade que, por sua vez, enfraquece a competitividade e a capacidade de adaptação dos negócios.

Outro fator identificado no estudo é a tomada de decisões estratégicas com base em dados insuficientes ou suposições. Para 40% dos empresários, decisões estratégicas são feitas com informações incompletas, aumentando o risco de erros financeiros. Um grupo menor, mas significativo, de 25% dos gestores admitiu que, embora tenham acesso a dados, a análise superficial compromete a tomada de decisão até que os problemas se tornem mais graves.

Kepler destaca que o uso efetivo de dados é fundamental para qualquer estratégia de crescimento. “Quando líderes tomam decisões baseadas em dados sólidos, é mais fácil identificar oportunidades e evitar armadilhas estratégicas”, comenta. Para ele, muitos gestores brasileiros ainda precisam desenvolver habilidades analíticas que promovam o uso eficaz dos dados disponíveis para uma melhor adaptação ao mercado.

O estudo também traz à tona um dado revelador sobre a percepção dos líderes empresariais em relação aos “pontos cegos” na gestão. Para 19% dos entrevistados, esses aspectos não são facilmente identificáveis, o que pode causar problemas internos que passam despercebidos até que gerem um impacto direto nos resultados financeiros.

Kepler acredita que essa falta de visão crítica nas reuniões estratégicas reduz a capacidade de corrigir erros e otimizar práticas que poderiam fortalecer o desempenho geral da empresa.

A pesquisa faz parte do conteúdo do novo livro de Kepler, que será lançado em novembro, voltado a empresários que buscam superar as limitações invisíveis e adotar práticas de gestão mais assertivas. Com o título “O ponto cego empresarial”, a obra examina as principais barreiras que impactam a evolução dos negócios no Brasil e propõe uma abordagem para enfrentar desafios organizacionais de forma estratégica.

Kepler já explorou temas semelhantes em seu livro anterior, “Inevitável”, e agora, com o novo lançamento, busca fornecer estratégias práticas e reflexões para que gestores desenvolvam uma visão mais crítica e assertiva. Por meio de relatos reais, o autor compartilha experiências de líderes que passaram por situações semelhantes e encontraram soluções para navegar em um ambiente empresarial desafiador.


Aproveite e junte-se ao nosso canal no WhatsApp para receber conteúdos exclusivos em primeira mão. Clique aqui para participar. Startupi | Jornalismo para quem lidera inovação!

O post João Kepler investiga desafios empresariais em estudo para seu novo livro ‘O Ponto Cego Empresarial aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Tiago Souza



Continue Lendo: Startupi / https://startupi.com.br/kepler-vai-lancar-novo-livro-em-novembro/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

É hora das startups se prepararem para receber investimentos!

Startupi É hora das startups se prepararem para receber investimentos! * Por Jéssica Lima Os especialistas são unânimes: temos indícios de que 2024 será um ano melhor para as startups se comparado aos anteriores. O ano de 2022 nos surpreendeu com a crescente onda de layoffs e uma queda considerável no número de startups chegando ao status de unicórnios. Isso porque, enquanto os anos anteriores haviam trazido uma abundância de investimentos para startups, o momento já não era tão positivo e os investidores começaram a ser mais cautelosos na avaliação dos investimentos.  O cenário se manteve durante 2023, mas agora já é possível ver sinais de melhoras. As perspectivas são positivas, mas isso não significa que os investidores estarão dispostos a apostar suas carteiras. As startups precisam estar preparadas e...

4 dicas para startups que desejam captar o primeiro investimento

Startupi 4 dicas para startups que desejam captar o primeiro investimento Nos últimos anos, o Brasil vem apresentando um grande potencial para startups que desejam captar o primeiro investimento para expandir seus negócios. Para ilustrar, em 2023, segundo dados do Distrito, no Brasil, o setor angariou US$1,9 bilhão, já na América Latina os valores chegaram a US$3 bilhões – captações mais baixas do que anos anteriores, mas que representaram grandes montantes. Agora, com uma expectativa favorável de mercado, as previsões são de aumento cauteloso dos investimentos. Porém, com as novas oportunidades, também é importante que os fundadores apresentem projetos assertivos e com bom um modelo de negócio. Para Erica Fridman, investidora e cofundadora da Sororitê, maior rede de investidoras-anjo do Brasil, “para empresas early-stage em busca de capital, a capacidade dos fundadores de explicar o negócio de maneira clara e demonstrar seu potencial de esca...

Startups e Patentes: a importância da propriedade intelectual para o desenvolvimento no mercado

Startupi Startups e Patentes: a importância da propriedade intelectual para o desenvolvimento no mercado *Por Luiza Fernandes de Andrade, Isabela Zumstein Guido e Talita Orsini de Castro Garcia As startups desempenham um papel crucial no ecossistema de inovação tecnológica, impulsionando novas ideias e soluções que transformam indústrias, sendo caracterizadas pela agilidade e criatividade. Essas empresas emergentes desafiam o status quo, introduzindo tecnologias disruptivas e modelos de negócios inovadores para o mercado. A criação de novas tecnologias, contudo, requer investimentos substanciais de tempo e dinheiro, de modo que a proteção da propriedade intelectual sobre tais inovações se faz essencial para recompensar os esforços de pesquisa e desenvolvimento, maximizar o impacto dos produtos desenvolvidos e assegurar uma posição competitiva no mercado. Investidores e empreendedores são incentivad...