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Startups paulistas concentram maior volume de investimentos e inovação no Brasil

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Startups paulistas concentram maior volume de investimentos e inovação no Brasil

O ecossistema de startups em São Paulo segue como referência no Brasil, consolidando-se como o principal polo de inovação do país. O estado abriga a maior parte das empresas emergentes, atrai investimentos e se destaca pela infraestrutura voltada ao desenvolvimento tecnológico. Segundo o Sebrae Startups Report São Paulo 2024, 81% dos investimentos em startups nacionais estão na região, com um volume significativo de aportes entre 2017 e 2021.

Com PIB de R$ 3,2 trilhões, equivalente a 30% da economia brasileira, o estado conta com universidades, incubadoras e parques tecnológicos que impulsionam a criação de soluções inovadoras. A cidade de São Paulo é a única da América Latina classificada entre os 30 principais ecossistemas globais pelo Startup Genome.

A capital paulista concentra 1.670 startups, sendo o município com maior número de empresas emergentes. Campinas, Ribeirão Preto e São José dos Campos também figuram entre as cidades com maior densidade de empreendimentos inovadores.

As startups do estado estão distribuídas em diversos setores, com destaque para tecnologia da informação, saúde, educação e agronegócio. As deep techs, que envolvem pesquisa avançada, também apresentam crescimento, atraindo investimentos e colaborações com instituições acadêmicas e centros de inovação.

A maior parte das startups paulistas adota o modelo B2B, representando 55,7% do total. O formato B2B2C aparece em seguida, com 25,6%, enquanto o B2C corresponde a 14,8%. Em termos de maturidade, 34,48% das startups estão na fase de crescimento, enquanto 32,86% seguem em validação. Apenas 6,98% alcançaram o estágio de escala, consolidando-se no mercado.

Os modelos de receita mais comuns incluem assinaturas SaaS (40,65%), vendas diretas (26,59%) e transações individuais (10,16%).

Investimentos e faturamento

A busca por capital segue relevante para a expansão dos empreendimentos. De acordo com o levantamento, 71,1% das startups buscam investimentos. O fomento público lidera como principal fonte de financiamento (36%), seguido por investidores-anjo (31%) e programas de aceleração (18%).

No quesito faturamento, 33,89% das startups ainda não geram receita. Outras 34,35% faturam entre R$ 81 mil e R$ 360 mil anuais, enquanto 22,18% registram receitas entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões. Apenas 2,95% ultrapassam essa faixa.

Diversidade no ecossistema

A presença de mulheres e pessoas de grupos minorizados nas startups ainda é reduzida. Homens cisgênero compõem 67,1% do ecossistema, enquanto mulheres representam 27,2%. Pessoas negras são 24,71%, e apenas 0,89% das empresas têm pessoas com deficiência em seus quadros.

Com um ambiente propício à inovação, São Paulo segue como um dos principais motores do empreendedorismo digital no Brasil. O avanço das startups depende de estratégias de incentivo, ampliação do acesso ao capital e maior inclusão de diversidade no setor.


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O post Startups paulistas concentram maior volume de investimentos e inovação no Brasil aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Tiago Souza



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