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Desafios e tendências do e-commerce no Brasil. O que esperar para os próximos anos?

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Desafios e tendências do e-commerce no Brasil. O que esperar para os próximos anos?

*Por Pedro Spinelli

Quando pensamos em e-commerce muitas vezes a conversa gira em torno dos últimos anos, com um foco maior até mesmo no período de isolamento obrigatório. Mas e se eu te contar que o segmento tem pouco mais de três décadas e segue em uma escala de ascensão no mercado brasileiro? Para muitos, o e-commerce ganhou seu verdadeiro destaque mundial no cenário pós pandêmico por sua eficiência e otimização de processos para seus consumidores e por sua crescente sofisticação estratégica. 

Para se ter uma ideia, de acordo com Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), só no último ano, o setor alcançou um faturamento estimado em R$ 204,3 bilhões, valor que corresponde a uma alta de 10,5% em relação a 2023. Agora, se começarmos a pensar em 2025, as projeções apontam que o mercado de e-commerce nacional atingirá muito em breve a marca histórica de R$ 234,9 bilhões. Esses números sinalizam de forma clara que o comportamento dos consumidores brasileiros têm mudado.

A adesão definitiva do público ao mercado online tem se tornado cada vez mais sólida, porém, é importante pontuarmos que com esse novo comportamento, os desafios dos players atuantes no setor se tornam cada vez maiores. Já que se operar em um país de proporções continentais, com uma competitividade cada vez mais acirrada, junto às instabilidades econômicas, despontam como desafios a serem ultrapassados.

Por conta disso, o segmento tende a apostar em campanhas cada vez mais segmentadas e atrativas, com uma visão mais estratégica e customizada, com o uso de ferramentas de tráfego pago online para a geração de leads e maiores resultados. Esse posicionamento não se limita somente às plataformas de e-commerce, mas também às vendas via mídias sociais. Uma vez que o custo por clique têm se tornado cada vez mais alto, como os de campanhas do Google Ads e da Meta Ads, isso tem impactado o dia a dia dos micro e pequenos empreendedores online do país.

Já criando um paralelo, o marketplace também seguiu uma trajetória semelhante, com o diferencial da chegada dos gigantes asiáticos no mercado nacional. Esse acontecimento nos levou a um cenário mais desafiador relacionado à fidelização de consumidores, em meio a tantas opções. Um exemplo dessa movimentação é o caso do Mercado Livre, que foi o primeiro marketplace a chegar no país em 1999, e que hoje tem enfrentado uma maior competitividade frente a players como Shopee, Amazon e tantos outros. 

Ao encontro dessas movimentações e atuando de forma disruptiva, players internacionais já citados, como a Shopee, vem trabalhando com programas direcionados na aproximação de seus vendedores através de ativações em eventos físicos, como o ‘Shopee na Estrada’ e ações direcionadas a parceiros. Uma nova tendência que vem chegando cada vez mais forte no Brasil e que promete impactar novamente o setor ainda esse ano, é o Tiktok Shop, o marketplace do TikTok, a rede social asiática que conquistou mais de 98 milhões de seguidores no território nacional, sendo o terceiro país com mais usuários ativos na plataforma. 

Porém, se analisarmos que a fidelização do consumidor tem se tornado cada dia mais complexa, uma vez que o mercado já é tão volátil, a entrada do uso de inteligência artificial em seus processos promete gerar otimização e agilidade em atendimento e entregas. Mas a pergunta que fica é: O que é possível fazer para manter nossos vendedores e consumidores, diante de tantas frentes? O segredo está na estratégia de players como a Amazon, por exemplo, que tem realizado parcerias e ativações para novos vendedores (sellers), fidelização de clientes e o desenvolvimento de seus vendedores dentro do próprio marketplace (farming).

E em meio a tantas novidades e o que ainda virá para o nosso país, se faz importante entender que o segmento de e-commerce nacional é protagonista do presente e também será do futuro. Apoiar o empreendedorismo e os parceiros de negócios para unir forças frente às inovações, só tendem a transformar o mercado e garantir a evolução do segmento no ecossistema nacional como um todo. 


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