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Brasil e Portugal lideram ranking de ciberataques: como o Bug Bounty pode diminuir incidentes cibernéticos

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Brasil e Portugal lideram ranking de ciberataques: como o Bug Bounty pode diminuir incidentes cibernéticos

*Por Bruno Telles

O Brasil e Portugal estão no centro da crise cibernética, sofrendo um aumento alarmante de ataques digitais. Ransomwares, phishing e vazamentos de dados já colocaram setores críticos em risco, exigindo estratégias mais eficazes de defesa. Nesse cenário, o Bug Bounty surge como uma ferramenta estratégica para fortalecer a segurança digital, proteger dados sensíveis e reduzir prejuízos financeiros.

Essa modalidade de segurança representa uma mudança de paradigma na forma como encaramos a proteção de dados. Em vez de aguardar passivamente por um ataque, empresas e governos podem proativamente contar com uma rede global de especialistas em busca de vulnerabilidades. Essa abordagem não apenas permite a correção de falhas antes que sejam exploradas, mas também promove uma cultura contínua de segurança dentro das organizações.

Principais vulnerabilidades

Os setores mais atingidos por ciberataques em Portugal e no Brasil refletem a vulnerabilidade de serviços essenciais. Segundo a 3ª Pesquisa Nacional BugHunt de Segurança da Informação, no Brasil, o setor financeiro, incluindo bancos e fintechs, é um dos principais alvos, seguido por órgãos públicos e empresas de e-commerce.

Em Portugal, ataques a infraestruturas críticas e serviços governamentais têm crescido, especialmente após a aceleração da digitalização durante a pandemia. Ambos os países compartilham um desafio comum: a combinação de uma rápida expansão digital com investimentos insuficientes em defesa cibernética, o que os torna alvos atraentes para criminosos.

Impacto positivo

Acredito firmemente que a implementação desses programas em instituições governamentais e setores estratégicos pode representar um divisor de águas. Ao definirmos escopos claros e contarmos com a expertise de pesquisadores éticos, podemos identificar e corrigir vulnerabilidades de forma ágil, protegendo sistemas e dados sensíveis de potenciais ameaças.

No entanto, a eficiência desses programas depende crucialmente de uma gestão bem estruturada, que garanta capacidade de resposta rápida e processos claros de correção. A comunicação transparente entre as partes envolvidas, a validação das vulnerabilidades reportadas e a remediação eficiente são pilares para o sucesso.

Apesar dos desafios inerentes à implementação e gestão, os benefícios superam em muito os custos. Quando comparamos os investimentos necessários com os prejuízos financeiros e reputacionais decorrentes de um ataque cibernético bem-sucedido, a escolha pela prevenção se torna inegavelmente a mais sensata.

Enquanto Portugal e o Brasil continuam a avançar em sua transformação digital, a adoção de estratégias como essa se torna crucial para garantir que essa evolução ocorra de forma segura e sustentável. A proteção de dados e sistemas não é mais um custo a ser minimizado, mas sim um investimento essencial para o futuro digital desses países. É hora de priorizar a segurança cibernética e construir um ambiente digital mais resiliente e confiável para todos.

*Ao lado do irmão, Caio Telles, Bruno Telles é cofundador da BugHunt, empresa de cibersegurança referência em Bug Bounty, programa de recompensa por identificação de falhas. É formado em Engenharia de Computação, atua na área de segurança há 20 anos, com foco em segmentos como segurança ofensiva, defensiva, conscientização e GRC.


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