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Curso gratuito de programação para mulheres refugiadas abre inscrições

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Curso gratuito de programação para mulheres refugiadas abre inscrições

A Fly Educação, em parceria com a ONU Mulheres, o Instituto Localiza e a Plan International, lança a primeira edição do programa Mulheres In Tech voltada exclusivamente para mulheres refugiadas. A iniciativa oferece 60 vagas para um curso gratuito de programaçãoo para participantes da Grande Florianópolis (SC) e das regiões Norte e Nordeste. As inscrições estão abertas até o dia 4 de agosto.

O curso busca atender e ajudar a reestruturação de mulheres refugiada em um contexto social que mostra que, pela primeira vez desde 1960, o número de estrangeiros no Brasil voltou a crescer, segundo dados recentes do IBGE. A população saltou de 600 mil em 2010 para mais de 1 milhão em 2022. Quase metade desses imigrantes são mulheres, segundo a ACNUR, e estão concentradas principalmente em São Paulo, Santa Catarina, Roraima e Amazonas.

Curso engloba formação socioemocional e STEAM

Com dupla formação, socioemocional e científica STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), o curso capacitará as participantes em programação Front-End, abordando conteúdos como Desenvolvimento Web, HTML e CSS, JavaScript, React, Inteligência Artificial, dentre outros. As atividades serão realizadas predominantemente de forma remota com aulas e mentorias síncronas e assíncronas, além de oferecer auxílio-alimentação durante o período do curso.

“Ao final do curso as alunas irão criar um projeto de conclusão usando as ferramentas e linguagens aprendidas com o intuito de iniciar seu portfólio em sites ou aplicativos e, quando formadas, estarão preparadas para assumir cargos de desenvolvedoras devido à trilha focada no upskilling em tecnologia, abordando assuntos atuais que estão em alta no mercado”, explica Juliana Galliano, gestora de projetos sociais da Fly Educação.

Além do conteúdo técnico, o programa inclui oficinas de currículo, LinkedIn, empreendedorismo, mentorias com profissionais do setor e conexão com empresas de tecnologia. A trilha socioemocional, baseada em metodologia pioneira na América Latina, desenvolve habilidades como autonomia, autoestima e resolução de conflitos.

A escolha das regiões e cidades participantes está alinhada ao fluxo migratório atual, que reúne mulheres em situação de múltiplas vulnerabilidades, como racismo, xenofobia, desigualdade de gênero e insegurança econômica. Por isso, a iniciativa também atua no fortalecimento das capacidades da rede pública de assistência social, articulando políticas públicas para pessoas migrantes e refugiadas.

“Acreditamos que a formação, alinhada a ações de advocacy e ao olhar atento às necessidades desse público, seja a chave para a mudança estrutural no enfrentamento da diminuição de violência de gênero e mitigação da precarização do trabalho. Além disso, a iniciativa está alinhada aos objetivos da chamada 001/2025 da ONU Mulheres, que visa ampliar o acesso aos direitos e o empoderamento de mulheres refugiadas, migrantes e apátridas no Brasil”, explica Merlina Saudade, venezuelana, agente psicossocial da Fly Educação e parceira da ONU Mulheres.

Fundada em 2014 pela venezuelana refugiada Alejandra Yacovodonato, a Fly Educação nasceu a partir da própria vivência da sua fundadora como imigrante no Brasil. O programa Mulheres In Tech surgiu em 2020, em resposta aos impactos da pandemia, e desde então já formou mais de 350 mulheres em tecnologia. Segundo a ONG, 71% delas estão empregadas, com crescimento de 20% nas competências socioemocionais e mais de R$ 5 milhões por ano em geração de renda.

Clique aqui para saber mais sobre o curso.


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O post Curso gratuito de programação para mulheres refugiadas abre inscrições aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Cecília Ferraz



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