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Rooftop amplia presença no mercado e consolida HomeCash como quarto produto imobiliário do país
A Rooftop, proptech especializada em soluções de liquidez para imóveis de alto padrão, consolidou no primeiro semestre de 2025 o HomeCash como o quarto principal produto imobiliário do país. O modelo, que permite ao proprietário converter parte do valor do imóvel em capital imediato, movimentou mais de R$ 55 milhões entre janeiro e junho e deve encerrar o ano com alocação superior a R$ 120 milhões. A previsão para 2026 é alcançar R$ 200 milhões em novos aportes.
A empresa, liderada por Daniel Gava, mantém um fundo de investimento imobiliário listado na B3, o que reforça a estrutura financeira por trás do produto. Segundo o executivo, as condições oferecidas explicam a adesão crescente. “O formato proporciona previsibilidade e prazos adequados para reorganização financeira, preservando a possibilidade de recompra em termos definidos desde o início”, afirma.
O HomeCash funciona da seguinte forma: o proprietário vende o imóvel a um fundo e recebe à vista cerca de 60% do valor avaliado. Durante até 18 meses, pode recomprar o bem pagando aproximadamente 80% do preço inicial. Nesse período, continua morando no imóvel e paga aluguel mensal equivalente a 0,5% do valor de recompra. O processo é acompanhado por assessoria jurídica da Rooftop, sem custos adicionais.
O modelo ainda inclui alternativas de recomposição patrimonial. O cliente pode utilizar novo financiamento bancário ou saldo do FGTS para a recompra. Caso decida não retomar o imóvel, tem a opção de autorizar sua revenda a terceiros junto à Rooftop, recebendo a diferença entre o valor acordado de recompra e o montante final da venda.
A flexibilidade operacional e a formalização dos contratos explicam a alta taxa de adimplência. Dados da empresa indicam que 80% dos clientes utilizam os recursos do HomeCash para quitar dívidas e financiamentos bancários. O perfil médio do usuário é masculino, com idade entre 40 e 70 anos, renda mensal em torno de R$ 45 mil e imóvel residencial avaliado entre R$ 1 milhão e R$ 7 milhões, concentrado principalmente na cidade de São Paulo.
As motivações mais recorrentes estão ligadas à reorganização de passivos e à expansão de negócios. Cerca de 40% dos clientes recorrem à operação para reduzir dívidas, enquanto 30% direcionam o capital para investimento próprio. Esse comportamento reforça o uso da ferramenta como alternativa de crédito sem necessidade de venda definitiva do patrimônio.
A demanda crescente impulsionou o desempenho da Rooftop. No primeiro semestre, o volume de operações aumentou 67% em comparação ao segundo semestre de 2024. A receita acompanhou a tendência, com avanço de 52% no mesmo período. O cenário chama atenção em um mercado caracterizado pela dificuldade de transformar ativos imobiliários em capital líquido.
Para Gava, o resultado reflete a maturidade da operação e a adaptação do modelo a um ambiente econômico ainda pressionado por juros elevados. “Mesmo com custo de capital elevado, conseguimos expandir de forma sustentável. A expectativa é de aceleração conforme a taxa básica de juros siga trajetória de queda, o que tende a ampliar o acesso e reduzir custos aos clientes”, analisa.
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