Empreendedorismo feminino amplia atuação da Kure e consolida modelo móvel de serviços públicos no país

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Empreendedorismo feminino amplia atuação da Kure e consolida modelo móvel de serviços públicos no país

O avanço do empreendedorismo feminino no Brasil ganha novos contornos com a atuação de lideranças que ocupam posições centrais em setores ligados à inovação, serviços públicos e desenvolvimento econômico. Dados da Agência Sebrae de Notícias, baseados na PNAD Contínua do IBGE, apontam a existência de 10,3 milhões de mulheres responsáveis por negócios no país, o que representa 34 por cento do total. Esse movimento evidencia a presença crescente de gestoras em atividades estratégicas, cenário no qual a Kure surge como referência em soluções móveis voltadas a políticas públicas.

A organização, comandada por Iseli Yoshimoto Reis e Elisângela Tolosa, nasce da evolução da Fleximedical, estrutura criada para desenvolver unidades itinerantes destinadas à área de saúde. Com o tempo, o modelo foi ampliado para atender demandas de educação, habitação e meio ambiente. A transição para a Kure consolida a proposta de atuar como hub de projetos capazes de apoiar iniciativas governamentais e corporativas, com foco em acesso e execução de programas voltados ao atendimento direto de populações diversas.

A trajetória de Iseli, arquiteta com experiência em projetos hospitalares, passou por mudança abrupta em 2018, quando assumiu a Fleximedical após a morte do fundador, Roberto Kikawa. A partir dessa ruptura, conduziu a reorganização do negócio e estabeleceu parcerias com empresas privadas e administrações estaduais e municipais. O movimento reposicionou a companhia e ampliou o alcance das soluções, levando o modelo itinerante a diferentes regiões. Segundo a CEO, a adoção de processos orientados a demandas públicas permitiu estruturar iniciativas capazes de responder a necessidades de atendimento, prevenção e inclusão.

Elis Tolosa, com carreira ligada à comunicação e sustentabilidade, passou a integrar a gestão como responsável pela operação e expansão. Com experiência acumulada em organizações que atuam em saúde e impacto social, coordena estratégias que buscam alinhar eficiência, tecnologia e acesso. Para a COO, a capacidade de transformar solicitações complexas em entregas realizáveis sustenta o crescimento da Kure e orienta o desenvolvimento de produtos e serviços aplicados em ambientes com restrições logísticas e estruturais.

Ao longo da última década, a empresa desenvolveu mais de 180 unidades móveis e realizou cerca de 5 milhões de atendimentos em 73 cidades. A expansão para educação inclui escolas itinerantes que funcionam como complemento a redes locais. Em habitação, a organização criou soluções temporárias que auxiliam municípios em situações emergenciais. No meio ambiente, estações móveis de tratamento de água foram estruturadas para atuar em áreas com restrições de abastecimento. Segundo Iseli, a abordagem integra cuidado, infraestrutura e resposta rápida, elementos que sustentam programas de alcance territorial amplo.

O avanço da Kure ocorre em um contexto no qual mulheres ocupam postos de responsabilidade em áreas relacionadas à gestão de serviços essenciais, mas ainda enfrentam desafios de representatividade em instâncias de comando. A presença de Iseli e Elis em posições estratégicas reforça o papel feminino na condução de processos que exigem planejamento, execução e interação com múltiplos setores. Para a CEO, conduzir a organização significa participar da formulação de soluções direcionadas a demandas sociais que requerem coordenação clara entre tecnologia, logística e políticas públicas.

O futuro da Kure, segundo Elis, envolve fortalecer parcerias, ampliar a rede de projetos e consolidar um modelo de operação que una impacto, eficiência e sustentabilidade econômica. A gestora afirma que a integração entre governo, empresas e organizações da sociedade sustenta iniciativas capazes de alcançar regiões com limitações de infraestrutura e reforça o papel das unidades móveis como ferramenta de atendimento e inclusão.

A soma das trajetórias de Iseli Reis e Elis Tolosa traduz uma fase de expansão da Kure e reflete um movimento mais amplo de participação feminina em atividades que estruturam serviços públicos e impulsionam inovação social no Brasil.

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