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Plain capta R$ 1,7 milhão em rodada pré-seed liderada pela Urca Angels

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Plain capta R$ 1,7 milhão em rodada pré-seed liderada pela Urca Angels

A Plain anunciou a captação de R$ 1,7 milhão em uma rodada pré-seed liderada pela Urca Angels. O investimento marca a entrada da fintech no mercado e será direcionado ao desenvolvimento de sua tecnologia, voltada a apoiar consultores financeiros na oferta de serviços de planejamento e gestão de investimentos para clientes com patrimônio a partir de R$ 100 mil.

Fundada pelos engenheiros Diogo Duarte e André Luis Ogando Paraense, a Plain atua no desenvolvimento de agentes de inteligência artificial aplicados à consultoria financeira. A proposta é ampliar a capacidade de atendimento dos consultores e permitir a elaboração de planejamentos financeiros, tributários e sucessórios com base em dados do investidor, sem depender da venda de produtos financeiros.

Segundo a empresa, a plataforma permite que consultores e clientes interajam de forma conversacional com os agentes de IA. A partir das informações fornecidas, o sistema traça o perfil do investidor, estima sua tolerância a risco e estrutura estudos de carteira, que passam pela análise e validação do consultor responsável antes de qualquer recomendação.

“Quando falamos de desigualdade no Brasil, focamos na renda ou no patrimônio acumulado. Mas existe um terceiro pilar que só agrava tudo isso: a desigualdade de rentabilidade”, afirma Diogo Duarte, cofundador e CEO da Plain. “O investidor comum muitas vezes é atendido por profissionais que ganham quando ele perde. A Plain nasce para quebrar o status quo. Nossa missão é usar tecnologia para nivelar esse cenário, oferecendo a clientes com menos de R$ 1 milhão investido a mesma inteligência de alocação disponível nos principais family offices do país.”

Fundadores da Plain

Duarte é engenheiro formado pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e acumula mais de 20 anos de atuação no mercado financeiro. Ao longo da carreira, passou por instituições como Polo Capital, Santander Asset e Península, family office da família de Abílio Diniz. Já André Luis Ogando Paraense, cofundador e CPTO da Plain, é engenheiro formado pela Unicamp, com mestrado e doutorado em Inteligência Artificial, além de pós-doutorado na University of Plymouth, no Reino Unido. Sua trajetória inclui passagens por empresas de tecnologia e participação na fundação de outras startups.

“Para garantir escala sem perder a personalização, não basta uma automação simples. Desenvolvemos agentes capazes de traçar perfis complexos e desenhar estudos que consideram variáveis tributárias e sucessórias”, explica Paraense. “A tecnologia empodera o consultor humano, retirando a carga operacional e permitindo que ele foque no relacionamento e na estratégia, livre de conflitos.”

A rodada foi liderada pela Urca Angels, grupo de investidores formado majoritariamente por ex-alunos do IME, e contou com a participação de investidores-anjo ligados a instituições financeiras. O grupo já investiu em startups em estágios iniciais de diferentes setores e avaliou que a proposta da Plain atende a uma lacuna existente no mercado de consultoria financeira.

“O mercado endereçável da Plain é gigantesco, mas os players tradicionais competem sem pensar no cliente final, sem atacar o conflito de interesses que ainda predomina na distribuição de investimentos no país”, afirma Jorge Azevedo, investidor da Urca Angels. “A fintech traz ao mercado uma plataforma de AI-powered advising, alinhada ao cliente, mais simples, acessível e com uma visão transparente do que realmente importa.”

De acordo com dados citados pelos investidores, o Brasil possui cerca de 21 milhões de contas de investimento com valores entre R$ 100 mil e R$ 1 milhão. Para Tiago Fernandes, também investidor da Urca Angels, movimentos regulatórios e o avanço da educação financeira criam um ambiente favorável para modelos de consultoria baseados em transparência. “Há um espaço claro para quem quer construir tecnologia de verdade centrada no investidor, e não em rebates”, diz.

Com o aporte, a Plain pretende concluir o desenvolvimento do produto e iniciar sua operação no início de 2026. A empresa também está em negociação com consultorias financeiras interessadas em utilizar a plataforma. “Esse investimento nos permite acelerar o plano que traçamos para os próximos meses”, afirma Duarte. “Conforme ampliamos nossa operação, seguimos conversando com parceiros estratégicos que queiram construir esse futuro com a gente.”


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