Pular para o conteúdo principal

Santa Catarina alcança 5ª posição no ranking nacional de tecnologia

Startupi

Santa Catarina alcança 5ª posição no ranking nacional de tecnologia

O setor de tecnologia de Santa Catarina registrou faturamento de R$ 42,5 bilhões em 2024, resultado que coloca o estado na quinta posição nacional, ultrapassando o Rio Grande do Sul. Os dados são do Observatório ACATE 2025, lançado nesta semana durante o Startup Summit, em Florianópolis. O levantamento mostra que o ecossistema catarinense mantém crescimento acima da média nacional e amplia sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) estadual.

Entre 2020 e 2024, o setor teve expansão superior a 40%, com alta de 11% apenas no último ano. O desempenho superou a média do país, que foi de 7,7%. A representatividade no PIB estadual passou de 6,7% para 7,75% no período, fazendo de Santa Catarina o terceiro estado com maior peso relativo da tecnologia em sua economia. O faturamento per capita no setor chegou a R$ 5,2 mil, valor que coloca o estado atrás apenas do Distrito Federal, São Paulo e Amazonas nesse indicador.

No ranking nacional, São Paulo lidera com R$ 376 bilhões, seguido por Rio de Janeiro (R$ 68 bilhões), Minas Gerais (R$ 64 bilhões) e Paraná (R$ 55 bilhões). O Rio Grande do Sul, que ocupava a quinta colocação, aparece agora em sexto lugar, com R$ 41 bilhões.

Santa Catarina alcança 5ª posição no ranking nacional de tecnologia

Expansão no número de empresas em Santa Catarina

Além do aumento no faturamento, o estado registrou a maior alta proporcional no número de empresas de tecnologia entre os estados mais relevantes do setor. Foram 6,2% de crescimento em 2024, alcançando 29,4 mil negócios ativos. No mesmo período, São Paulo (-0,4%), Rio de Janeiro (-4,5%) e Rio Grande do Sul (-1,2%) tiveram retração. Com esse resultado, Santa Catarina passou a ocupar a sexta posição nacional em quantidade de empresas, ficando atrás de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul.

Segundo Diego Brites Ramos, presidente da ACATE, os números refletem a consolidação de um ecossistema estruturado. Para ele, o avanço se apoia na formação de profissionais, na cultura empreendedora e na integração entre empresas, universidades e setor público. O dirigente ressalta ainda a previsão de 98 mil novas vagas no estado até 2027, 44 mil delas para desenvolvedores.

Cenário nacional

O levantamento também evidencia a distribuição do crescimento entre diferentes regiões. Sergipe, Acre, Amapá e Rondônia registraram elevação acima de 30% no faturamento. Entre os dez maiores estados do setor, Ceará cresceu 20,5%, Paraná 18,7%, Bahia 15,6%, Distrito Federal 11,8%, Santa Catarina 11% e Minas Gerais 10,8%.

Apesar da queda no número de empresas, São Paulo e Rio de Janeiro seguem liderando em faturamento. Minas Gerais superou o Rio de Janeiro em quantidade de companhias ativas e ocupa hoje a segunda posição nesse critério. Já Paraná, Ceará e Santa Catarina foram os estados que mais ampliaram sua fatia de participação econômica no setor em 2024.

Santa Catarina alcança 5ª posição no ranking nacional de tecnologia

Empregos e remuneração

Santa Catarina também aparece em destaque na geração de empregos. O estado contabilizou 100,4 mil postos de trabalho ativos em tecnologia em 2024, crescimento de 7,2% em relação ao ano anterior. A taxa foi mais que o dobro da média nacional, de 3,4%. O resultado coloca o estado como o terceiro maior polo empregador do setor, atrás de São Paulo e Minas Gerais.

O estudo aponta ainda que a remuneração média dos profissionais de tecnologia em Santa Catarina foi de R$ 5.768, quase o dobro da média de setores tradicionais como comércio e construção. Outro indicador é a taxa de empregabilidade formal: 39,5 empregos em tecnologia para cada mil trabalhadores, a terceira maior do país.

As perspectivas para os próximos anos indicam continuidade no ritmo de expansão. A projeção do Observatório ACATE estima que, até 2030, o setor no estado alcance 140 mil postos de trabalho e faturamento de R$ 68 bilhões, representando aproximadamente 10% do PIB estadual.

Entre os desafios identificados, está a baixa digitalização de setores tradicionais da economia catarinense. Para especialistas, a integração entre indústrias convencionais e empresas de inovação é essencial para manter a trajetória de crescimento.

Observatório ACATE

Os dados apresentados têm como base informações coletadas pela Neoway e registros públicos, compilados no sistema de inteligência desenvolvido pela ACATE. O estudo abrange indicadores de faturamento, número de empresas, empreendedores e trabalhadores, organizados segundo a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0), em áreas de hardware, software e serviços.

A entidade, fundada em 1986, representa mais de 1.850 empresas associadas no estado e atua em programas como a incubadora MIDITEC, o laboratório de inovação aberta LinkLab e as Verticais de Negócios. Também mantém centros de inovação em Florianópolis e Chapecó, além de um hub internacional no Canadá.

Confira os dados no site da Observatório Acate!


Aproveite e junte-se ao nosso canal no WhatsApp para receber conteúdos exclusivos em primeira mão. Clique aqui para participar. Startupi | Jornalismo para quem lidera inovação!

O post Santa Catarina alcança 5ª posição no ranking nacional de tecnologia aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Tiago Souza



Continue Lendo: Startupi / https://startupi.com.br/santa-catarina-alcanca-5-posicao-ranking/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A tokenização das finanças representa avanço na digitalização de ativos financeiros

Startupi A tokenização das finanças representa avanço na digitalização de ativos financeiros *Por João Fraga Primeiro, precisamos esclarecer que o Drex não veio para substituir o Pix. Pelo contrário, o Drex é uma moeda digital que faz parte da família deste. Conforme a leitura dos marketeiros do Banco Central, o “x” sinaliza um futuro que está associado à tecnologia, cujo acrônimo significa Digital Real Eletronic X. Este não é um meio de pagamento. E, sim, uma plataforma por meio da qual se realizam operações em grande escala como a aquisição de automóveis e a compra e venda de imóveis.  Ele é o real em sua forma digitalizada. Por este meio, mantém-se toda a confiabilidade e estabilidade da moeda. Entretanto, nesta versão digital, não existe uma cédula impressa. Esta é a própria moeda disponível em uma plataforma eletrônica, que vai ser controlada pelo Banco Central. As informações referentes ao dinheiro não ficam em um único computador, mas em uma rede que disponibi...

Mulheres que inspiram outras mulheres

Startupi Mulheres que inspiram outras mulheres A participação de mulheres no mercado automotivo tem avançado, refletindo mudanças estruturais em setores historicamente dominados por homens. A Kavak , plataforma de compra e venda de veículos seminovos, tem investido na ampliação da diversidade, promovendo maior inclusão em diferentes áreas da empresa. Atualmente, 35% dos colaboradores são mulheres, com 13% delas atuando em funções operacionais, como mecânica, detalhamento e logística. Mariana Uzuelli , head de pessoas da Kavak Brasil , destaca que a diversidade impulsiona inovação e crescimento organizacional. “A presença feminina fortalece a cultura da empresa, além de inspirar novas gerações a ocuparem esses espaços”, afirma. Entre os exemplos de profissionais que se destacam, está Daiely Souza , encarregada mecânica , promovida após três anos na companhia. Trabalhando diretamente na manutenção dos veículos, ela é uma das responsáveis pelo funcionamento do maior...

Desafios das adtechs para 2025

Startupi Desafios das adtechs para 2025 O mercado de publicidade digital passa por transformações significativas, exigindo adaptação das adtechs a novas regulamentações, avanço tecnológico e mudanças no comportamento do consumidor. Em 2025, a privacidade de dados, a integração de informações e o uso de inteligência artificial estão entre os principais focos do setor. Segundo Paula Freir , Sales Director da Siprocal , empresa especializada em soluções para publicidade digital, os desafios incluem novas estratégias para segmentação de audiência e mensuração de resultados. A eliminação dos cookies de terceiros obriga as empresas a adotarem estratégias alternativas para a coleta de dados. O uso de first-party data , integração com publishers e soluções como household sync despontam como opções viáveis para manutenção da eficiência das campanhas. Com o avanço das plataformas digitais, as adtechs precisam adaptar soluções para suportar novos formatos de anúncios e in...